Corticeira acusada de assédio moral cancela reunião com Sindicato
O Sindicato dos Operários Corticeiros do Norte revelou hoje que a Fernando Couto Cortiças SA, desagradada com a intervenção dessa estrutura sindical no Parlamento, cancelou a reunião destinada a analisar o caso da trabalhadora alegadamente vítima de assédio moral.
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Economia Fernando Couto
O sindicato afirmou que a reunião era particularmente aguardada tendo em conta que, depois de a 27 de novembro a Autoridade para as Condições do Trabalho ter autuado em 31.000 euros essa empresa de Santa Maria da Feira por irregularidades no tratamento de Cristina Tavares após a sua reintegração judicial, a mesma funcionária foi suspensa preventivamente com vista à condução de um processo disciplinar para despedimento por justa causa.
Entretanto, o Sindicato requereu uma reunião com a empresa, que acedeu e o encontro esteve marcado para sexta-feira, mas esta tarde a estrutura representativa dos operários corticeiros disse à Lusa que "hoje a empresa enviou novo email a cancelar a reunião, usando como argumento que teve conhecimento das declarações prestadas [terça-feira] pelo presidente do Sindicato, Alírio Martins, numa Comissão de Trabalho e Segurança Social na Assembleia da República".
Contactado pela Lusa, Alírio Martins disse supor saber o que desagradou à corticeira: "Não devem ter gostado de me ouvir dizer que eles estavam a ter uma 'atitude criminosa' para com a trabalhadora, o que, no nosso entender, é verdade, tanto que o caso já foi denunciado ao Ministério Público e está no Departamento de Investigação Penal".
A administração da Fernando Couto Cortiças SA confirma: "Face às declarações do presidente dessa associação sindical na Assembleia da República, a chamar esta empresa de criminosa, deixou de haver condições de diálogo".
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