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"Sinta-se em casa, Xi Jinping, assim nos sentimos há 500 anos na China"

Primeiro encontro oficial entre o Presidente da República e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, decorre no Palácio de Belém, onde dois chefes de Estado discursaram. Marcelo aproveitou o discurso de boas-vindas para dar a boa nova - foi convidado a visitar a China, no próximo ano, e já aceitou.

"Sinta-se em casa, Xi Jinping, assim nos sentimos há 500 anos na China"
Notícias ao Minuto

18:02 - 04/12/18 por Melissa Lopes

País Presidente Marcelo

Marcelo Rebelo de Sousa recebeu esta terça-feira pela primeira vez o Presidente chinês, Xi Jinping, no Palácio de Belém.

No seu discurso de boas-vindas, o Presidente português sublinhou o facto de a visita do homólogo chinês acontecer “quase 40 anos depois do estabelecimento das relações diplomáticas” entre Portugal e China e o atual momento em que a “cooperação cultural, universitária, científica, tecnológica, cresce de dia para dia”.

“Bem-vindo num instante em que a nossa cooperação económica e financeira é forte”, disse, acrescentando um desejo: "E queremos que seja sustentada e duradoura no futuro". 

“Bem-vindo num tempo em que pode e deve avançar a nossa cooperação na comunidade que fala português, até porque a língua portuguesa é uma das mais faladas no globo e, porventura, a liderante no hemisfério sul”, prosseguiu Marcelo, destacando, adiante, as diferenças dos dois países que não se afiguram como barreiras, até porque entre Portugal e China há um elo histórico.

“Estamos longe em termos geográficos, temos instituições e também aliados muito diferentes, pertencemos a realidades regionais diversas e isso não nos impediu de conviver harmoniosamente em Macau há cinco séculos e de estreitarmos no passado, como no presente, frutuosos conhecimento e amizade”. 

As diferenças, continuou o Chefe de Estado português, “não nos impedem de trabalharmos em conjunto para a valorização do papel do direito internacional, das organizações internacionais,a começar nas Nações Unidas, nem de defender os direitos humanos, a resolução pacífica dos conflitos, nem de apoiarmos o livre comércio e as pontes de entendimento entre Estados e povos e estarmos em permanência atentos ao ambiente e às alterações climáticas”.

Memorando assinado e convite aceite

Marcelo aproveitou o discurso para dar a boa nova – foi convidado a ir à China no próximo ano, pelo Presidente chinês, e aceitou.

A assinatura de um memorando de entendimento e a presença portuguesa na iniciativa ‘Uma Faixa, uma Rota’ no próximo ano [em abril], através do PR, correspondendo a convite acabo de formular por vossa excelência e já aceite, ano que será o da China em Portugal e de Portugal na China, simbolizam bem a dimensão e a relevância da pareceria que desejamos continuar a construir, com diálogo político regular”, disse.

Antes de passar a palavra a Xi Jinping, o Presidente português realçou ainda que o mundo de hoje “exige que os povos e os Estados superem as naturais diferenças de história, de cultura e de visão da sociedade e criem condições para mais paz, mais segurança, mais justiça, para que mais se respeite a legitima ambição das pessoas, em todo o mundo, à liberdade, à igualdade, à dignidade”.

E Portugal - “nascido neste estratégico canto da Europa e que dele e das ilhas no Atlântico olha para as Américas e para África com comunidades importantes em todo o universo” - (…) “saúda o presidente Xi Jinping, certo que esta sua primeira visita de Estado a Portugal pode fazer história, é nosso dever garantir que essa história contribuirá mesmo para a felicidade para os nossos dois povos”.

“Sinta-se em sua casa, presidente Xi Jinping, tal como nós nos sentimos em casa na China há 500 anos”, rematou Marcelo.

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