Canadá impõe sanções a 17 sauditas suspeitos no caso Khashoggi
O Canadá vai impor sanções a 17 cidadãos da Arábia Saudita suspeitos de estarem envolvidos no assassínio do jornalista Jamal Khashoggi, afirmou uma responsável governamental.
© Reuters
Mundo Chrystia Freeland
A ministra dos Negócios Estrangeiros do Canadá, Chrystia Freeland, afirmou hoje, à chegada à cimeira do G20, em Buenos Aires, que as sanções impostas a 17 sauditas congelam os seus bens no Canadá e tornam-nas "personae non grata" no país.
A decisão do Canadá segue medidas semelhantes já assumidas por EUA, Alemanha e França, mas não inclui o nome de Mohammed bin Salman, herdeiro ao trono da Arábia Saudita e que várias agências de informação consideram ser o autor moral do crime contra o jornalista Jamal Khashoggi, assassinado na embaixada saudita na Turquia, em outubro.
Chrystia Freeland diz que o caso não está encerrado e que os responsáveis do assassínio de Khashoggi devem ser levados a tribunal e responsabilizados.
"Não estamos satisfeitos com as explicações fornecidas pela Arábia Saudita", assinalou a ministra.
"O Canadá continuará a pedir um inquérito credível e independente", disse.
O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, foi o primeiro líder ocidental a reconhecer que o seu país recebeu, no início de novembro, as gravações da morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi.
"O Canadá foi totalmente informado sobre o que a Turquia tinha a partilhar", disse Trudeau na embaixada canadiana em Paris, onde participou no Fórum da Paz na sequência das comemorações do Armistício da Primeira Guerra Mundial.
A ministra dos Negócios Estrangeiros acrescentou ainda que o Canadá está a rever a venda de armas à Arábia Saudita, mas reconheceu que ainda não cancelou um contrato bilionário de venda de um veículo blindado àquele país.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com