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Jantar anual de correspondentes na Casa Branca não vai ter humorista

A Associação de Correspondentes da Casa Branca anunciou hoje que o seu próximo jantar anual não vai ter um humorista encarregado de fazer o discurso habitual, o que rompe uma tradição com mais de três décadas.

Jantar anual de correspondentes na Casa Branca não vai ter humorista
Notícias ao Minuto

21:00 - 19/11/18 por Lusa

Mundo Estados Unidos

Em comunicado, a direção da Associação (WHCA, na sigla em inglês) informou que o orador principal vai ser o historiador Ron Chernow, conhecido pelas suas biografias de vários presidentes norte-americanos.

O jantar está marcado para 27 de abril de 2019.

Desde que esta iniciativa começou no início da década de 1980, o discurso tem sido feito por um humorista, que costuma ser satírico com o Presidente dos EUA em exercício.

A última vez que o jantar não teve um humorista a discursar foi em 2003, quando o então Presidente George W. Bush, tinha acabado de invadir o Iraque. Na altura, a associação de correspondentes optou por convidar o músico Ray Charles.

Mas, no ano seguinte a tradição foi retomada e, desde então, já por lá passaram nomes como Stephen Colbert, Jimmy Kimmel, Jay Leno e Conan O'Brien.

As ausências de Donald Trump nas duas últimas edições do jantar, manifestação da sua relação tensa com a comunicação social, também privaram os participantes do tradicional discurso, igualmente humorístico, do Presidente norte-americano.

Porém, apesar destas ausências, a WHCA continuou a convidar humoristas e em abril último a encarregada do mesmo foi Michele Wolf, que seguiu a tónica dos outros humoristas, roçando várias vezes o limite do politicamente incorreto.

Em particular, fez uma série de piadas sobre a porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders - que tinha decidido assistir ao jantar -, que a incomodaram.

A polémica subsequente levou o presidente da WHCA, Olivier Knox, a decidir prescindir de comediantes no jantar seguinte, uma vez que vários meios de comunicação tinham ameaçado cortar o financiamento do jantar, que serve para financiar bolsas de jornalismo, se não se acabasse com a tradição do humorista.

A polémica prosseguiu com a decisão de Knox. A própria Wolf recorreu à rede social Twitter para a criticar: "Os da WHCA são uns cobardes. Os meios de comunicação são cúmplices. Eu não poderia estar mais orgulhosa (de mim mesma)", escreveu.

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