Revisores manifestam-se contra administração da CP na quarta-feira
Os revisores dos comboios convocaram uma manifestação para a próxima quarta-feira, 21 de novembro, na Calçada do Duque, em Lisboa, para exigir "o cumprimento dos acordos celebrados" com a administração da CP -- Comboios de Portugal.
© Reuters
Economia Lisboa
Em comunicado, o Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) disse que, "com a atual administração da CP, os trabalhadores e os utentes têm vivido um período negro, no que ao transporte ferroviário diz respeito".
A estrutura sindical salientou que "os utentes são diariamente confrontados com supressões de comboios, comboios lotados e alterações constantes aos horários, de modo a que o comboio deixe de satisfazer as necessidades destes, com graves prejuízos para a imagem e reputação da empresa e dos seus trabalhadores".
Além disso, o SFRCI atribui à administração da CP vários incumprimentos, nomeadamente na "compra e aluguer de material circulante de modo a evitar a rutura dos serviços" e no "recrutamento de 88 trabalhadores para as bilheteiras e revisão".
Os revisores acusam ainda o presidente da operadora de falhar "no compromisso verbal e escrito" que assumiu, "em várias ocasiões desde que tomou posse em junho de 2017, de que o novo Acordo de Empresa e Regulamento de Carreiras entrariam em vigor a 01/10/2018, o que não aconteceu", garantiu o sindicato.
O SFRCI disse ainda que o líder da CP "convocou os sindicatos para uma reunião a realizar no dia 07 de novembro", mas que foi o administrador Abrantes Machado a aparecer para informar "que a reunião não se iria realizar, porque (passados 8 meses) nada tinham para apresentar". Este encontro tinha como objetivo apresentar propostas de Acordo de Empresa e Regulamento de Carreiras, disse o sindicato.
A Lusa contactou a CP, que não comentou esta questão.
O SFRCI fez greve no dia 01 de outubro, por considerar que o Governo está a "bloquear" os acordos feitos há um ano para a contratação de 88 trabalhadores para o serviço comercial da CP, entre os quais revisores e trabalhadores para as bilheteiras.
Segundo o sindicato, por falta de trabalhadores das bilheteiras, a CP deixa de cobrar milhares de euros, enquanto por falta de revisores existem comboios com cerca de 900 utentes (mais de oito carruagens ou mais de uma unidade indivisível) e que circulam só com um revisor em vez dos dois necessários, colocando em risco a segurança dos utentes.
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