Quercus envia carta ao presidente da Câmara de Lisboa
A associação dá os parabéns ao autarca pela distinção atribuída à cidade, mas nem tudo são rosas e o glifosato não é esquecido.
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País Ambiente
Lisboa foi distinguida pelo “prestigiado” galardão da Capital Verde Europeia, o que foi motivo para a Quercus “saudar calorosamente” Fernando Medina pelas “suas ações no sentido de tornar Lisboa uma cidade sustentável”.
Porém, e pese embora a distinção seja um sinal positivo para o futuro, a Associação Nacional de Conservação da Natureza alerta o autarca o uso do glifosato na capital portuguesa que faz com que Lisboa “fique para trás relativamente ao uso de pesticidas sintéticos na gestão das áreas urbanas”.
Na carta enviada ao autarca, a Quercus sublinha ainda que um “número cada vez maior de localidades europeias está a optar pelo abandono dos pesticidas sintéticos em áreas públicas”, apontando ainda o exemplo de “algumas cidades” que “têm décadas de experiência na gestão de áreas da sua responsabilidade sem pesticidas”.
“Tornar-se livre de pesticidas não só ajuda a proteger a saúde dos cidadãos e do meio ambiente, mas também é fundamental na transição para uma cidade verdadeiramente verde. De facto, o uso de pesticidas não é um dos critérios para a nomeação como Capital Verde Europeia, e a avaliação da candidatura de Lisboa ao galardão Capital Verde 2020 da UE3 afirma claramente que não houve qualquer informação fornecida sobre o uso de herbicidas sintéticos para controlar vegetação”, lê-se na missiva.
Face ao exposto, a Quercus “exorta” Fernando Medina a “tomar as medidas necessárias para o fim da utilização de herbicidas sintéticos (à base de glifosato) em Lisboa e manter os bons exemplos das Capitais Verdes da UE, assim como de seguir os exemplos das freguesias de Carnide, Estrela e S. Vicente do seu município que já abandonaram o uso de herbicidas”.
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