Touradas na RTP? "Quem gosta da barbárie que a pague"
Vital Moreira não tem qualquer dúvida: “Se as touradas são um atentado à sensibilidade da maioria dos portugueses, a sua transmissão em direto pelo serviço público de televisão, à conta de todos os contribuintes, constitui uma verdadeira provocação, que nenhuma 'liberdade' pode justificar”
© Global Imagens
Política Vital Moreira
A carta aberta de Manuel Alegre ao primeiro-ministro, na semana passada, conheceu este domingo a resposta de António Costa que, também através de uma carta aberta, defendeu a “liberdade” de cada um relativamente às touradas, admitindo até que as transmissões de espetáculos tauromáquicos na estação pública a “chocam”, embora não lhe ocorra proibi-las.
O primeiro-ministro salientou, na missiva, que prefere “conceder a cada território a liberdade de permitir ou não a realização de touradas no seu território”. Num artigo de opinião publicado no Caussa Nossa, Vital Moreira aplaude a ideia e sublinha que, na verdade, "não conhece nenhuma iniciativa legislativa para atribuir aos municípios o poder de abolir as touradas no seu território “.
E tal, no seu entendimento, “permitiria confinar e isolar geograficamente a barbárie tauromáquica como regionalismo atávico e potenciar o movimento abolicionista a nível local”.
Para o constitucionalista, não há qualquer dúvida: “Se as touradas são um atentado à sensibilidade da maioria dos portugueses, a sua transmissão em direto pelo serviço público de televisão, à conta de todos os contribuintes, constitui uma verdadeira provocação, que nenhuma 'liberdade' pode justificar”.
“Quem gosta da barbárie que a pague!”, termina.
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