Governo polaco celebra recuperação da independência com nacionalistas
O governo polaco e grupos nacionalistas que organizam anualmente uma controversa Marcha pela Independência acordaram realizar no domingo um cortejo conjunto no 100.º aniversário da recuperação da independência.
© Reuters
Mundo Decisão
O anúncio foi feito na sexta-feira e significa que o presidente Andrzej Duda e o primeiro-ministro Mateusz Morawiecki, entre outros responsáveis estatais, irão marchar com grupos que a 11 de março do ano passado incluíram no seu desfile bandeiras racistas, símbolos da supremacia branca e cartazes com mensagens contra os refugiados ou a favor de um maior peso do catolicismo na política.
A Marcha pela Independência de 2017 contou com cerca de 100.000 participantes e foi criticada pelo Parlamento Europeu numa resolução onde instava os Estados membros a atuarem de modo decisivo contra a extrema-direita.
Em anos anteriores, sobretudo em 2013 e 2014, o desfile conduziu a confrontos entre grupos de extrema-direita e radicais de esquerda, com distúrbios e dezenas de detidos.
Para evitar novos incidentes, a presidente da câmara de Varsóvia, Hanna Gronkiewicz-Waltz, proibiu na quarta-feira a marcha deste ano na capital, mas no dia seguinte um tribunal anulou a interdição, alegando que violava o direito constitucional à liberdade de reunião.
A líder do partido da oposição Nowoczesna, Katarzyna Lubnaue, já lamentou que o presidente polaco marche no domingo junto de grupos radicais com símbolos fascistas e 'slogans' que não deveriam ser associados ao chefe de Estado.
A Polónia recuperou a sua independência no final da Primeira Guerra Mundial, em 1918, quando os três impérios -- Rússia, Áustria e Alemanha -- que a tinham governado durante mais de um século foram derrotados.
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