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Detidos por jogo ilegal saem em liberdade

Os 30 detidos pela GNR numa operação de combate ao jogo ilícito através de plataformas 'online' saíram em liberdade mediante Termo de Identidade e Residência (TIR) após interrogatório judicial, disse hoje à Lusa fonte daquela corporação.

Detidos por jogo ilegal saem em liberdade
Notícias ao Minuto

18:35 - 09/11/18 por Lusa

País 'Shadow Game'

Os arguidos, inquiridos no Tribunal Judicial da Comarca de Setúbal em primeiro interrogatório judicial, são suspeitos de exploração ilícita de jogo de fortuna ou azar, exploração ilícita de jogos e apostas 'online', apostas desportivas à cota de base territorial, associação criminosa, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.

No âmbito da operação 'Shadow Game', que decorreu entre terça-feira e quinta-feira, a GNR deteve 30 pessoas em Portugal e uma no Luxemburgo numa operação de combate ao jogo ilícito através de plataformas 'online' e jogos de fortuna ou azar.

Para a operação, a GNR empenhou um total de mil militares que realizaram 267 buscas domiciliárias e não domiciliárias, bem como buscas a 156 veículos, todas em território nacional, que visaram a organização responsável pela conceção, distribuição e exploração de plataformas de jogo 'online', desde os responsáveis pela sua conceção e fabrico, aos distribuidores e exploradores do jogo ilícito.

Segundo a Guarda Nacional Republicana, foram ainda efetuadas cinco buscas não domiciliárias e três domiciliárias no Luxemburgo, desencadeadas pela Polícia Judiciária Luxemburguesa e que visaram suspeitos portugueses fixados naquele país, no seguimento de um pedido de cooperação judiciária internacional, emitido pelas autoridades judiciárias portuguesas.

Tendo em consideração a dimensão transnacional dos ilícitos, esta operação teve, no plano da cooperação policial, o patrocínio e o apoio operacional da Europol, quer em território nacional, quer no Luxemburgo e, no âmbito da coordenação da cooperação judiciária, a intervenção do Eurojust (Unidade de Cooperação Judiciária da União Europeia).

Das diligências realizadas foram ainda constituídas arguidas 14 sociedades comerciais e 93 pessoas singulares de nacionalidades portuguesa, brasileira, luxemburguesa e suíça.

As autoridades apreenderam cerca de 600 mil euros em numerário, cerca de três mil dispositivos informáticos utilizados para a exploração do jogo, apostas e lotarias ilícitas, entre os quais computadores pessoais, 'tablets', telemóveis, servidores e impressoras.

Foram ainda apreendidos 86 veículos de média e alta gamas, 22 armas de fogo e cerca de 200 munições detidas ilegalmente.

Tendo em conta a especificidade e complexidade da matéria objeto de investigação, participaram na operação peritos forenses da Europol (que apoiou também com analistas de informação), da Autoridade Tributária e Aduaneira e da estrutura de Investigação Criminal da GNR, bem como técnicos do Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos.

A investigação sobre esta atividade criminosa estava a ser desenvolvida há um ano e meio e, segundo a GNR, "permitiu identificar uma rede com dimensão transnacional, que operava simultaneamente em Portugal, Bélgica, Brasil, França, Luxemburgo, Moçambique e Suíça, e que constituiu, explorou e expandiu, de forma ilícita, domínios sediados em servidores identificados e software para o desenvolvimento de jogos de fortuna e azar, lotarias e apostas desportivas, com base na disponibilização de hardware".

A rede usava ainda uma extensa teia de operadores locais e exploradores de estabelecimentos de restauração e bebidas, tendo gerado uma receita estimada na ordem dos 80 milhões de euros.

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