Ministro britânico demite-se e deixa apelo a novo referendo ao Brexit
Jo Johnson apontou o processo de "Brexit incoerente"como razão.
© Reuters
Mundo Jo Johnson
As negociações do Brexit fizeram nova baixa no executivo de Theresa May.
Jo Johnson, ministro dos Transportes, anunciou a sua demissão esta sexta-feira nas redes sociais, deixando um apelo a um novo referendo ao Brexit.
Jo Johnson apontou o "incoerente" processo de Brexit como razão para a sua saída e realça mesmo que, dada à mudança de condições verificada desde o referendo, a opção mais democrática seria um novo referendo.
"Dado o facto de o Brexit se ter tornado algo muito distante do que foi prometido, a coisa democrática a fazer seria dar ao povo a última palavra", referiu.
Jo Johnson explicou de seguida que a sua sugestão de novo referendo não seria repetir o referendo de 23 de junho de 2016. Ao invés, seria "perguntar à pessoas se querem seguir em frente com o Brexit agora que sabemos o tipo de acordo que se encontra disponível".
Eis a publicação nas redes sociais de o Johnson a anunciar a sua saída do governo e respetivas razões.
With great regret, I'm resigning from the Government - I have set out my reasons in this article and the video below. https://t.co/hzimcS8uiR pic.twitter.com/hUN9RLzDfq
— Jo Johnson (@JoJohnsonUK) November 9, 2018
Esta demissão é mais um sinal de fragilidade e coerência no governo que tem em mãos a difícil missão de negociar as condições de saída do Reino Unido da União Europeia.
Recorde-se que Boris Johnson ,responsável pela pasta dos Negócios Estrangeiros, já se demitira do executivo de Theresa May. A sua saída, no entanto, foi defendida com razões inversas às de Jo Johnson. Enquanto Jo Johnson admite que poderá ser o momento de voltar a votar, Boris Johnson não queria novo referendo mas sim a saída do Reino Unido da União Europeia, mesmo que tal implicasse uma saída em condições menos favoráveis devido à morosidade das negociações que decorrem entre Bruxelas e Londres.
É no final do dia 29 de março de 2019 que o Reino Unido sairá, definitiva e oficialmente, da União Europeia, independentemente da forma como decorram as negociações até lá.
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