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"Salários, tempo e ambiente de trabalho" são áreas críticas para empresas

O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social apontou hoje as desigualdades salariais, a organização do tempo de trabalho e o ambiente como áreas críticas para a responsabilidade social das empresas onde ainda há muito a fazer.

"Salários, tempo e ambiente de trabalho" são áreas críticas para empresas
Notícias ao Minuto

12:51 - 09/11/18 por Lusa

Economia Vieira da Silva

"Estas são áreas em que (...) a responsabilidade social das empresas começa na sua própria organização", afirmou Vieira da Silva, que falava em Lisboa, num encontro sobre os desafios da responsabilidade social das empresas organizado pela secção portuguesa do CEEP - Centro Europeu de Empresas de Serviços de Interesse Geral.

No encontro, Vieira da Silva recordou a recomendação do Conselho Europeu reunido em Lisboa em 2000, aquando da presidência portuguesa da União Europeia, na qual foi feito um apelo especial ao sentido de responsabilidade social das empresas no que toca às melhores práticas de aprendizagem ao longo da vida, da organização do trabalho, de igualdade de oportunidades, inclusão social e desenvolvimento sustentável.

"Cada vez mais a responsabilidade social das empresas se afasta do modelo assistencialista que dominou o conceito para se assumir com uma dimensão de compromisso cívico, em primeiro lugar interno às práticas das empresas e, depois, um compromisso onde o efeito de demonstração é fundamental", afirmou.

O governante apontou a responsabilidade ambiental como a que tem ganhado cada vez mais importância "do ponto de vista estratégico, social e político" - "ainda que talvez não do ponto de vista dos consensos" -, chamando a atenção para o peso da gestão dos recursos não renováveis.

"Esta continua a ser uma dimensão crítica (...) ao nível das práticas que a sociedade desenvolve, quer no domínio da oferta de bens e serviços quer no domínio do consumidor", disse Vieira da Silva, considerando que ainda "não foi atingido o momento de viragem relativamente a uma tendência insustentável de utilização excessiva dos recursos não renováveis do planeta" e que a situação se continua a agravar.

Apontou depois outras duas dimensões que considerou críticas para a responsabilidade social das empresas: as desigualdades salariais e a organização do tempo de trabalho.

"As desigualdades salariais são hoje um fator de rutura em muitas sociedades contemporâneas, em particular as desigualdades salariais com implicação de género", afirmou o governante, sublinhando que "Portugal tem uma situação que não difere muito das médias europeias".

"Tem vindo a ser legislado nesse sentido de forma progressiva e apelando a forte envolvimento das empresas", acrescentou.

Sobre a organização do tempo de trabalho, Vieira da Silva considerou que esta área é decisiva do ponto de vista da igualdade de oportunidades, lembrando que a União Europeia está prestes a aprovar uma nova diretiva sobre a conciliação entre a vida profissional e a vida familiar.

"Não foi fácil gerar consensos, nem entre parceiros sociais, nem entre estados membros da União Europeia", afirmou, reconhecendo que a diretiva "fica longe do que deveria atingir", mas ainda assim serve para reforçar os instrumentos de conciliação da vida familiar com a vida profissional".

"Sociedades e empresas organizadas para que os seus colaboradores não consigam antecipar os ritmos de trabalho, as condições de trabalho e a organização de trabalho com o mínimo de previsibilidade são sociedades que produzem consequências como a que vivemos em Portugal, onde a idade media das mulheres para nascimento do primeiro filho esta em torno dos 30 anos, quando há poucos anos era de 24 anos", afirmou.

"Há ainda muito a fazer para além das determinações legais", acrescentou.

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