Processo e-toupeira divulgado na Internet
Os documentos do processo e-toupeira, onde se incluem os apensos e áudios com as declarações testemunhas em sede de tribunal, foram divulgados num blog.
© iStock
País Benfica
O processo E-toupeira foi divulgado na Internet e está, literalmente, à distância de um clique. Os extensos volumes que integram o processo onde o Benfica se viu envolvido foram divulgados no blog 'mercadodebenficapolvo'.
No total são 11 os volumes do processo que foram, na madrugada desta terça-feira, disponibilizados para consulta. Para além de toda a investigação que foi levada a cabo pelas forças de segurança, onde se inclui a Polícia Judiciária, constam também na referida página da Internet os áudios com as declarações de Rui Pereira, chefe de segurança do Estádio da Luz, durante o interrogatório em sede de tribunal, e ainda de Nuno Gago, oficial de ligação aos adeptos, Paulo Figueiredo, antigo dirigente do Benfica, Ana Zagalo, funcionária do Benfica, e de César Boa Ventura, empresário.
No primeiro volume, com a identificação do processo-crime, é incluída a denúncia "de eventuais atos de corrupção praticados por funcionário" que o coordenador de investigação criminal da 2.ª Secção Central de Investigação da Corrupção e Criminalidade Económica e Financeira da Polícia Judiciária encaminhou para tribunal.
No documento da PJ da Unidade Nacional de Combate à Corrupção pode ainda ler-se que, no dia 27 de setembro de 2017, a força de segurança recebeu uma denúncia anónima, sendo que o denunciante alegava receio "de represálias e de risco sério para a sua carreira profissional".
Ora, na base da denúncia residia o facto de os responsáveis pelo Sport Lisboa e Benfica terem "um canal privilegiado no Campus da Justiça", através da qual estes "terão tido acedido a peças processuais do inquérito em curso na 9.ª secção do DIAP de Lisboa", vulgarmente conhecido como 'caso dos e-mails'.
A Polícia Judiciária leva também a conhecimento do tribunal que os documentos a que o clube terá tido acesso foram entregues à Sociedade de Advogados de Vieira de Almeida.
No decorrer do processo, que na altura ainda estaria em fase embrionária, a Polícia Judiciária realizou buscas ao escritório de Paulo Gonçalves no Estádio da Luz, onde foi possível apreender "um conjunto de 12 folhas extraídas da plataforma CITIUS"; o print de e-mails trocados entre o próprio e o endereço contraosistema@iol.pt e membros da Federação Portuguesa de Futebol, I Liga Portuguesa de Futebol Profissional e clubes da Primeira Liga de Futebol Profissional. Foram ainda realizadas cópias dos conteúdos dos equipamentos informáticos utilizados pelo agora arguido no processo.
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