Começa votação no referendo sobre a independência da Nova Caledónia
O referendo sobre a independência da Nova Caledónia, território francês situado no Pacífico, a norte da Nova Zelândia, começou hoje com a abertura das 284 mesas eleitorais, às quais estão convocados para aceder 174.000 votantes.
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Mundo Votação
As assembleias de voto abriram às 08:00 locais de domingo (21:00 de sábado em Lisboa) e permanecerão abertas durante dez horas.
A pergunta que se faz aos votantes é: "Quer que a Nova Caledónia aceda à plena soberania e se torne independente?".
Todas as sondagens dão uma larga vantagem ao "Não", com mais de 60% das intenções de voto, o que deixará o território como parte de França, embora esteja previsto que se aprofunde a sua já grande autonomia, com uma cidadania própria, independência legislativa e, inclusive, a possibilidade de estar em instituições internacionais.
Os partidários da independência, que têm o seu principal apoio entre a população autóctone, os kanaks, que são os setores mais pobres da sociedade, podem exigir mais dois referendos nos próximos quatro anos, ao mesmo tempo que, na sua condição de ex-colónia, mantêm o direito de autodeterminação reconhecido pela ONU.
Os unionistas, maioritários entre os colonos, consideram que a independência levaria a Nova Caledónia a cair sob a influência da China.
Uma dezena de observadores das Nações Unidas vigiará o escrutínio, bem como duas centenas de agentes enviados pela França.
Para impedir incidentes, após o apelo para o boicote feito pelos grupos independentistas mais radicais, as autoridades francesas enviaram da metrópole reforços policiais que serão destacados para a ilha principal, onde se situa a capital do arquipélago, Nouméa, e também para as outras ilhas de menor tamanho.
Quatro horas após o fecho das urnas, está previsto que sejam conhecidos os resultados e, uma hora depois, que o Presidente francês, Emmanuel Macron, faça o balanço dos mesmos a partir de Paris.
O primeiro-ministro, Edouard Philippe, reunir-se-á na segunda-feira com as principais forças políticas da Nova Caledónia para analisar os resultados.
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