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PJM e Belém mantiveram contactos antes e depois da recuperação de armas

O ex-diretor-geral da PJM, Luís Vieira, e o antigo chefe da Casa Militar da Presidência da República, João Cordeiro, conversaram com frequência, avança o ‘Sexta às 9’. João Cordeiro não confirma se transmitiu a Marcelo a informação que recebeu da PJM. Por seu turno, o Chefe de Estado nega ter sabido do quer que fosse.

PJM e Belém mantiveram contactos antes e depois da recuperação de armas
Notícias ao Minuto

21:57 - 02/11/18 por Notícias Ao Minuto

País Casos

Os contactos entre a Polícia Judiciária Militar e Belém foram regulares antes e depois da recuperação das armas do assalto a Tancos. De acordo com a investigação levada a cabo pelo ‘Sexta às 9’ da RTP 1, Luís Vieira, ex-diretor-geral da PJM, e João Cordeiro, ex-chefe da Casa Militar da Presidência da República, mantiveram-se sempre em contacto.

Belém enviava frequentemente um estafeta à Polícia Judiciária Militar para recolher informações sobre Tancos, segundo a mesma investigação. No entanto, João Cordeiro, que abandonou o cargo dois meses depois da recuperação das armas, a 30 de dezembro de 2017, disse não se recordar desse estafeta, em declarações ao ‘Sexta às 9’.

Acrescentou ainda que não falou com Luís Vieira “sobre essa questão do encobrimento nem formal nem informalmente". "Que eu me recorde nunca tive conhecimento de nada”, indicou. O antigo chefe da Casa Militar da Presidência da República recusou-se ainda a comentar se manteve Marcelo Rebelo de Sousa a par das conversas que teve com a PJM.

João Cordeiro também se mostrou disponível para ir ao DCIAP, embora não tivesse nada de novo a acrescentar sobre o encobrimento do assalto das armas em Tancos.

Marcelo já afirmou publicamente que não teve conhecimento do encobrimento do assalto ao paiol de Tancos.

"Se eu soubesse o que se tinha passado, não passava a vida a exigir um esclarecimento, era muito simples, se eu tivesse sabido, desde o dia 2 de julho e depois ao longo do processo o que se tinha passado, para quê estar a insistir no esclarecimento como insisti e como insisto até hoje", esclareceu, esta sexta-feira, criticando aquilo que apelidou de "nebulosa" em torno do caso. 

O Presidente da República disse também que desconhece, nesta altura, se há ou não novos dados sobre o caso.

"Se eu hoje soubesse quem furtou, não exigia o esclarecimento. Se eu hoje soubesse o destino das armas, não exigia nenhum esclarecimento, se eu hoje soubesse exatamente o que se passou em termos de recuperação das armas, não insistia. Se eu insisto, é porque não sei", sublinhou acrescentando que "se há quem, dia após dia insistiu, contra tudo e contra todos" foi ele. Em declarações ao jornal Público, na edição deste sábado, Marcelo afirmou mesmo: "Se pensam que me calam, não me calam". 

Nesta altura, o assalto a Tancos continua sem arguidos. O mesmo não se pode dizer da operação Húbris, que investiga o encobrimento do assalto e que tem nove arguidos.

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