"Vamos continuar a partilhar as agressões a polícias nas redes sociais"
O Sindicato Unificado da Polícia publicou no Facebook a fotografia de um agente agredido durante uma detenção e exige também uma reação por parte da tutela a estas imagens.
© Facebook / Peixoto Rodrigues
País Peixoto Rodrigues
O Sindicato Unificado da Polícia (SUP) partilhou, esta terça-feira, a fotografia de um agente da PSP agredido, alegadamente, por um suspeito de furto enquanto este era detido. Na legenda da imagem, o sindicato exige uma declaração ao ministro da Administração Interna (MAI), Eduardo Cabrita, tal como o governante fez quando divulgadas as polémicas fotos da detenção dos fugitivos do Porto.
Ao Notícias ao Minuto, o presidente do sindicato explicou que situações destas acontecem todos os dias e que a tutela nada faz para prevenir as agressões às forças de segurança nacionais, por isso, o SUP decidiu começar a partilhar as agressões nas redes sociais para tentar obter uma resposta por parte do MAI.
“Vamos continuar a partilhar as agressões a polícias nas redes sociais. Queremos transmitir aquilo que os polícias sofrem, são vítimas de agressões diárias, umas mais graves do que outras, mas acontece todos os dias e quando isto acontece não vemos nenhum ministro a condenar publicamente essas agressões, como aconteceu perante a foto da detenção de três fugitivos”, justificou Peixoto Rodrigues.
Para o líder do sindicato, é essencial que a tutela tome medidas para proteger os polícias “destas sucessivas agressões” porque com estes ataques é o próprio Estado que sai “fragilizado”
“Todas estas agressões aos polícias, que vemos constantemente, fragilizam a democracia e o próprio Estado. Agredir um polícia é ver o próprio Estado a ser agredido”, sublinhou.
A agressão ao polícia da imagem partilhada no Facebook aconteceu no final da manhã do último domingo, na rua das Olarias, no Martim Moniz, em Lisboa. O polícia agredido tinha acabado de deter um indivíduo, de 50 anos, por suspeitas de furto de bicicletas.
Ao chegar à esquadra foi esmurrado pelo suspeito que está ilegal no país e com ordem de expulsão de Portugal.
O polícia foi transportado para o hospital onde está internado desde o dia do incidente. Quando tiver alta, o agente ficará de baixa podendo perder vários serviços de remunerado, ou seja, cerca de 200 a 400 euros, explicou Peixoto Rodrigues.
Já o suspeito, foi presente a primeiro interrogatório judicial e ficou com termo de identidade e residência e apresentações semanais, ou seja, segundo o presidente do SUP, “nem deve ir a tribunal”.
Já quanto à polémica divulgação de imagens da detenção de três fugitivos suspeitos de dezenas de furtos a idosos no Grande Porto, Peixoto Rodrigues relembrou que os agentes responsáveis pela detenção foram logo considerados como culpados pela captação do momento sem averiguações.
“A detenção dos três fugitivos foi feita num lugar público, qualquer pessoa pode ter fotografado os mesmos mas, tendo em conta as declarações do ministro e até do Presidente da República, os agentes que fizeram a detenção foram logo considerados culpados, sem averiguações", lamentou.
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