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Khashoggi: Funcionários de consulado apanhados a queimar documentos

Os funcionários do consulado árabe em Istambul foram filmados a queimar documentos no dia 3 de outubro, um dia depois do jornalista Jamal Khashoggi lá ter entrado e desaparecido.

Khashoggi: Funcionários de consulado apanhados a queimar documentos
Notícias ao Minuto

21:09 - 22/10/18 por Anabela de Sousa Dantas

Mundo Jornalista

Um canal de televisão turco divulgou imagens de vídeo que alegam mostrar funcionários do consulado da Arábia Saudita a queimar documentos nas traseiras do edifício, em Istambul, um dia depois de Jamal Khashoggi lá ter dado entrada, a última vez que seria visto com vida.

O vídeo, que agora é partilhado nas redes sociais, e que pode ver abaixo, foi revelado pelo canal A Haber e mostra três homens, vestidos com fatos, a colocar papéis num caixote de latão, onde são queimados.

A reportagem, feita por um canal turco pró-governamental, avança que os documentos em causa são provas relacionadas com o jornalista desaparecido.

Não é fornecida informação de como o vídeo foi conseguido, embora haja quem especule que se trata de uma filmagem feita por um drone. O governo turco não comentou, ainda, as imagens, mas o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, já indicou que vai falar sobre o caso amanhã, terça-feira.

Sublinhe-se que a Arábia Saudita admitiu, no sábado passado, que o jornalista foi morto nas instalações do consulado. Durante vários dias, as autoridades sauditas mantiveram que Khashoggi saíra vivo das instalações, sendo inclusive noticiado esta terça-feira a existência de um "duplo", que saiu do local envergando as roupas do jornalista.

Jamal Khashoggi, recorde-se, entrou no consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia, no dia 2 de outubro, para obter um documento para se casar com uma cidadã turca e nunca mais foi visto. No mesmo dia em que o jornalista desapareceu, entraram em Istambul, em dois aviões, 15 sauditas identificados como membros da Guarda Real saudita.

Suspeita-se que estes terão estado envolvidos na morte de Khashoggi, que era uma das vozes mais críticas do poder em Riade, nomeadamente do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman. O jornalista colaborava com o jornal The Washington Post e residia nos Estados Unidos desde 2017.

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