Professores escrevem a deputados. Proposta de Orçamento é “inadmissível”
Luta continua acesa, sendo esta apenas uma das formas de protesto, destaca a Federação Nacional de Professores (Fenprof). Docentes tentam agora apelar à compreensão dos deputados que são também professores.
© Global Imagens
País FENPROF
Os professores continuam o caminho de luta pela recuperação dos nove anos, quatro meses e dois dias de tempo de serviço a que reclamam ter direito.
Em forma de protesto, os docentes estão a enviar mails a todos os deputados que são docentes e respetivos grupos parlamentares, e começam por lembrar que “a Educação, as escolas e os professores são fundamentais para o futuro do país”. “Esquecer isto e manter um Orçamento do Estado que o ignora é contrário ao interesse de Portugal e dos portugueses”, pode ler-se na missiva.
Na carta, que é mais uma das formas de protesto, os docentes dizem considerar o Orçamento para 2019 “inadmissível” por excluir “medidas destinadas a resolver os principais problemas que afetam as escolas e os professores”.
“Enquanto docente, considero inaceitável que a proposta de OE não preveja, sequer, iniciar a devolução integral de todo o tempo de serviço relativo aos períodos de congelamento (9 anos, 4 meses e 2 dias), tempo que cumpri no exercício da minha atividade profissional", contestam, em nome pessoal, sublinhando ainda que não se revêem numa proposta que "nada prevê para a regularização dos horários de trabalho ilegais que são impostos aos professores ou para dar um efetivo combate à precariedade que continua a afetar fortemente a profissão docente".
"Entendo, também, que face ao comprovado envelhecimento dos profissionais docentes, o Orçamento do Estado para 2019 deverá prever medidas que alterem a situação, designadamente ao nível da aposentação. A proposta de OE para 2019 também passa ao lado dos problemas das escolas e ainda os poderá agravar, caso se concretize o processo de transferência de competências (municipalização) para as câmaras municipais", lê-se por fim na carta que a Fenprof fez chegar às redações em comunicado, esta segunda-feira.
Recorde-se que o Governo aprovou, em Conselho de Ministros, o decreto de lei que define a recuperação de apenas dois anos e 18 dias do tempo de serviço dos docentes, facto que veio aumentar a contestação.
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