Sindicato dos estivadores lamenta "incapacidade" da ministra para reunir
O Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística (SEAL) lamentou hoje a "incapacidade" do Ministério do Mar de reunir os representantes do setor no Porto de Leixões, em Matosinhos, mas reiterou a disponibilidade para continuar a negociar.
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Economia SEAL
Aludindo ao encontro promovido hoje pela ministra Ana Paula Vitorino numa altura em que os dois sindicatos dos estivadores vivem uma fase de crispação, o SEAL criticou ainda a "mudança de Leixões para Lisboa, das 18h30 para as 16h00", do local da reunião.
Em carta dirigida à presidente da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), Guilhermina Rego, a que a agência Lusa teve acesso, o Sindicato dos Estivadores Conferentes e Tráfego dos Portos do Douro e Leixões fez saber que não iria comparecer ao encontro de hoje.
No documento, o sindicato repudiou "qualquer tentativa política de consagrar [o presidente do SEAL, António] Mariano como interlocutor dos trabalhadores" do Porto de Leixões, bem como recusou que o SEAL seja "parceiro social" no que toca aquele equipamento.
Na mesma carta, aquela estrutura dá ainda conta da sua repulsa por "qualquer tentativa política e individual de quebrar a coesão da estrutura federativa nacional em que o sindicato se integra".
Respondendo à ausência, o SEAL questionou a recusa de presença na reunião lembrando as declarações na quarta-feira do presidente do referido sindicato, Aristides Peixoto, quando, perante os deputados da Assembleia da República, afirmou que o seu sindicato "defende e promove a livre filiação e não acredita em monopólios sindicais"".
Citando ainda o dirigente sindical na Comissão Parlamentar de Trabalho e Segurança Social quando afirmou que "os trabalhadores é que definem se querem ou não monopólios" e que os trabalhadores representados pelo sindicato "não querem uma unicidade sindical", o SEAL disse não perceber como pôde faltar a um encontro marcado para o Porto de Leixões.
Referindo-se a Ana Paula Vitorino, o comunicado do SEAL lembra ficarem "por saber que razões levaram a ministra a alterar o palco da reunião".
Argumentando ser a sua presença "logisticamente impraticável" em Lisboa à hora anunciada por o consultor jurídico e delegados sindicais estarem em Matosinhos para a reunião no porto, o SEAL mantém, ainda assim, a porta aberta para um entendimento sob a tutela do ministério.
"As circunstâncias que levaram à mudança de local e hora da reunião não devem ser consideradas para um futuro agendamento a fim de discutir a situação anómala vivida em Leixões, para a qual demonstrámos a nossa completa disponibilidade para os próximos dias", lê-se na nota de imprensa.
Neste cenário, o SEAL propõe "qualquer dia e hora compreendidos entre 22 e 30 de outubro, a ter lugar nas instalações da APDL ou, em alternativa, na delegação do SEAL em Matosinhos".
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