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Centenas de polícias em greve em Bruxelas no dia de arranque da cimeira
Centenas de polícias de Bruxelas alegaram hoje estar doentes para não se apresentarem ao serviço, em protesto contra as condições de trabalho, no mesmo dia em que líderes europeus iniciam uma cimeira de dois dias na capital belga.
© Reuters
Mundo Trabalho
Segundo um porta-voz, citado pela AFP, "20% dos 2.600" polícias do município Bruxelas-Capital, ou seja cerca de 500, declararam-se hoje "ausentes por doença".
Esta greve 'camuflada' acontece no momento em que o quarteirão europeu recebe uma sucessão de cimeiras até sexta-feira, nomeadamente o Conselho Europeu, que arranca hoje e se prolonga até quinta-feira.
"De qualquer forma, a cimeira terá lugar, a polícia estará presente. Estamos reunidos para encontrar soluções", disse à AFP Ilse Van De Keere, a porta-voz da zona Bruxelas-Capital-Ixelles, onde estão situadas as instituições europeias.
De acordo com o diário belga La Dernière Heure, o ministro do Interior, Jan Jambon, requisitou agentes ao exército para garantir a segurança nas áreas circundantes às cimeiras.
Cerca de 150 militares vão deslocar-se para Bruxelas nas próximas horas para colmatar as ausências dos polícias que alegaram estar doentes.
Durante as cimeiras da União Europeia, que acontecem pelo menos cinco vezes por ano, reforços policiais são chamados de todo o país para Bruxelas, para que as esquadras da capital possam funcionar o mais normalmente possível.
A gestão de efetivos complicou-se, contudo, este fim de semana, depois de os sindicatos terem sugerido aos polícias insatisfeitos com as condições de trabalho que apresentassem um atestado médico durante os dias das cimeiras.
Depois do Conselho Europeu, no qual estará presente o primeiro-ministro, António Costa, haverá lugar a uma cimeira entre UE e Ásia (ASEM), que terá início na quinta-feira à noite e decorrerá até sexta-feira à tarde.
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