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PCP critica excesso de burocracia nos apoios a produtores agropecuários

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, criticou hoje, no concelho de Arganil, o excesso de burocracia que atrasa a chegada de apoios aos produtores agropecuários afetados pelos incêndios de há um ano na região Centro.

PCP critica excesso de burocracia nos apoios a produtores agropecuários
Notícias ao Minuto

12:14 - 15/10/18 por Lusa

Política Jerónimo

"Queremos dizer ao Governo que é preciso um outro olhar e acelerar processos em nome da defesa de interesses das populações e da produção nacional", disse o dirigente comunista, numa visita a uma exploração de animais ovinos em Vila Cova do Alva, que ardeu nos incêndios de 15 de outubro de 2017.

Em declarações aos jornalistas, o líder do PCP denunciou que se verificam atrasos nos apoios aos produtores afetados "por dificuldades objetivas no plano da burocracia que deviam ser claramente arredadas", em contraste com "a coragem de quem perdeu tudo".

Tendo em conta a dimensão da tragédia do ano passado "não exigia que estivesse tudo feito, mas a verdade é que atrasos que resultam de obstáculos burocráticos dos respetivos ministérios, em particular da Agricultura, dificultam a vida às pessoas", sublinhou.

Jerónimo de Sousa considera que o Governo comete um erro, com o ministro da Agricultura a "anunciar sistematicamente milhões e milhões e depois, na verdade, encontramos uma disparidade muito grande com a sua aplicabilidade".

"Não vieram esses milhões, os fundos são muito limitados e concretização dos objetivos só é possível com as verbas necessárias e o investimento na defesa da produção nacional e das pessoas fustigadas pela tragédia dos incêndios", frisou.

O secretário-geral do PCP, que se fez acompanhar do eurodeputado João Ferreira, visitou a exploração de Maria Jorge, de 68 anos, em Vila Cova do Alva, no concelho de Arganil, que ficou totalmente destruída nos incêndios de outubro de 2017.

Aos poucos, a proprietária da Quinta do Raro tem recomposto o seu rebanho, que antes do incêndio era constituído por 200 ovelhas e que, neste momento, tem apenas meia centena.

"Fiz uma candidatura aos apoios do Portugal 2020, só que sem ter as obras feitas não me dão esses apoios", queixou-se Maria Jorge, que considera difícil suportar antecipadamente os investimentos por "falta de dinheiro".

Apesar de ter tido prejuízos avaliados em 200 mil euros, a proprietária avançou com uma candidatura só até 50 mil euros por não ter "coragem nem possibilidade para suportar os 15% da comparticipação própria", que já lhe possibilitou reconstruir um armazém e adquirir um reboque de trator e uma ceifeira.

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