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PS mantém-se alinhado com a "ortodoxia neoliberal europeia"

A coordenadora do BE, Catarina Martins, criticou hoje que "cada medida de avanço" conseguida nesta legislatura tenha sido "alvo do ataque da direita e da Comissão Europeia", acusando o PS de se manter alinhado com a "ortodoxia neoliberal europeia".

PS mantém-se alinhado com a "ortodoxia neoliberal europeia"
Notícias ao Minuto

21:34 - 14/10/18 por Lusa

Política Catarina Martins

Catarina Martins participou hoje na Universidade de Outono do Podemos, em Madrid, discurso que fez em castelhano e onde elencou as virtudes e lacunas daquela que tem sido a experiência do apoio parlamentar de todos os partidos de esquerda ao Governo minoritário do PS.

"Cada medida de avanço que conseguimos em Portugal foi alvo do ataque da direita e da Comissão Europeia", condenou.

Para a coordenadora do BE, há uma lição que se tirou da "chantagem europeia": "se a direita e a Comissão Europeia ou o Eurogrupo nos dizem para recuar, é porque temos mesmo de avançar".

"Gostava de vos dizer que tudo são boas notícias. Não são. O caminho que fizemos é demasiado tímido para responder às enormes injustiças que persistem e a vulnerabilidade a uma nova crise financeira é enorme", avisou.

O PS em Portugal, como no resto da Europa, criticou a líder bloquista, "mantém-se alinhado com a ortodoxia neoliberal europeia e vai repetindo, a cada proposta de mudança estrutural: a Europa não permite, os tratados europeus não permitem".

Sobre o aumento do salário mínimo, Catarina Martins recordou os alarmes de que "criaria desemprego, que era uma medida irresponsável e que traria o caos à economia", o que garantiu ser "falso".

"E também por isso vos digo: que bom saber que vim de um país em que a esquerda impôs um aumento do salário mínimo e aterrei num país em que a esquerda, com o contributo decisivo do Podemos, impôs um aumento do salário mínimo", comparou.

Segundo Catarina Martins, o aumento do salário mínimo em Portugal será de cerca de 20% em quatro anos.

"Vocês vão fazê-lo num ano. Temos de fazer melhor", disse.

Mas a líder bloquista também levou nas suas notas para partilhar com o partido de esquerda espanhol a entrega, na segunda-feira, do último Orçamento do Estado da legislatura.

"Negociámos muito este orçamento, não desperdiçamos um minuto para ir mais longe. E porque o fizemos temos hoje cinco garantias", destacou, elencando depois as principais conquistas conseguidas nas negociações com o Governo.

A descida dos custos na fatura da luz, a descida do teto máximo das propinas, o regime das longas carreiras contributivas cumprido nesta legislatura, o aumento das pensões e a redução do IVA dos espetáculos culturais foram as medidas do Orçamento do Estado com a "marca do Bloco" que Catarina Martins apresentou no seu discurso.

"Exigência máxima e negociação permanente. Disseram-nos muitas vezes, ao longo desta legislatura, que estávamos a esticar a corda", lembrou.

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