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O luxo do Bordado Madeira "não é para todos", mas serve a Filipe Faísca

O bordado da Madeira é luxuoso, muito delicado e "de certeza não é para toda a gente", diz o criador que apresenta uma proposta ainda mais única e rica, que uma vez mais destaca este artesanato.

O luxo do Bordado Madeira "não é para todos", mas serve a Filipe Faísca
Notícias ao Minuto

21:40 - 14/10/18 por Mariana Botelho

Lifestyle Moda

Na coleção anterior a atenção esteve nos óculos de sol de três lentes, mas principalmente no destaque dado ao artesenato, dos bordados da Madeira que Filipe Faísca deconstruiu para ornamentar as saias e vestidos mais delicados.

Para esta coleção, agora apresentada para a Primavera/Verão de 2019, repete-se a parceria, já que Filipe Faísca tem um contrato de um ano, logo, duas edições, para trabalhar em parceria com tais artesãos. Mas duas coleções não chegam: "as pessoas não têm noção do trabalho que ali está. Muitos continuam a achar que aqueles bordados são feitos à maquina". Não só são todos feitos à mão como os arteãos trabalham em condições miseráveis, diz-nos o criador, ciente de que é necessário "mostrar esta realidade que é imensamente luxuosa", tal como todo o artesanato português.

Numa altura em que o fast fahsion tem muito destaque, é esta a mensagem que o criador passa e a aceitação tem sido muito positiva. "Há de facto muita gente que conhece o bordado da Madeira", conta Filipe Faísca ao Notícias ao Minuto, contudo, têm-no principalmente em toalhas de mesa que usam apenas em ocasiões especiais ou nem as usam de todo, com medo de estragar. "É dado a estes bordados um valor tal, como se fosse ouro, que é passado de família em família".

Outra mensagem a passar com a coleção 'Inocência' tem a ver com o próprio planeta, cujo ecossistema esta ameaçado, nomeadamente pelos incendios que põem em risco as abelhas, inseto responsável pela floração. "Há estudos científicos que provam que se as abelhas desaparecerem, o ser humano sobrevive apenas por quatro anos", alerta o criador que aproveitou a possibilidade de juntar novos elementos a incluir na coleção. Assim, a par dos apontamentos de fauna, já muito rico, junta-se não só as abelhas, borboletas e libelinhas.

Por fim, nos materiais houve também novidades, nomeadamente a introdução do organi, "material muito antigo que era usado há muitos anos em vestidos de noiva mas principalmente em vestidos de batizado. Em Faísca, este material ganhou destaque na última peça apresentada: um vestido comprido de noiva, com o corpete todo ornamentado com flores de bordado madeira e cuja modelo desfilou com um tule a tapar-lhe a casa, um simbolismo "que todos sabem qual é", garante Filipe Faísca, "o da inocência".

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