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ONG norte-americana reconhece escândalo de abusos em escola na Libéria

Uma organização não-governamental (ONG) norte-americana na Libéria pediu desculpa, no sábado, pelos "constantes abusos sexuais" ocorridos numa escola que administrava e onde as crianças fugiam supostamente à exploração sexual.

ONG norte-americana reconhece escândalo de abusos em escola na Libéria
Notícias ao Minuto

08:28 - 14/10/18 por Lusa

Mundo More Than Me

"Lamentamos imensa e profundamente", escreveu a organização More Than Me, na sua página oficial, em resposta a uma extensa investigação da ProPublica, publicada na revista Time.

As raparigas foram abusadas pelo cofundador da ONG, Macintosh Johnson, numa escola de uma favela na capital da Libéria, Monróvia.

Johnson morreu em 2016, vítima de sida, e teme-se que este possa ter infetado as vítimas, algumas com apenas 10 anos.

"Para todas as raparigas que foram abusadas por Macintosh Johnson em 2014 e antes: nós falhamos com vocês", escreveu a organização.

"Demos a Johnson um poder que ele usou abusando de crianças. E esta dinâmica de poder obstruiu a capacidade do grupo em informar imediatamente estes abusos à liderança. A nossa administração deveria ter reconhecido estes sinais anteriormente", sublinhou a ONG.

Denunciado por algumas crianças, Johnson foi detido em 2015, mas o julgamento foi suspenso devido a suspeitas de suborno, segundo a ProPublica.

A escola, inaugurada em 2013, foi a primeira das 18 da More Than Me neste país da África Ocidental.

A ONG recebeu fundos superiores a oito milhões de dólares (cerca de 6,9 milhões de euros), incluindo perto de 600 mil dólares do Governo norte-americano.

Também recebeu apoio da então Presidente da Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf, Nobel da Paz em 2011.

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