Cólera faz cinco mortos perto da fronteira entre Zimbabué e Moçambique
O número de vítimas do surto de cólera no Zimbabué subiu para 54, depois das autoridades registarem cinco mortes na área de Buhera, a cerca de 150 quilómetros da fronteira com Moçambique.
© Lusa
Mundo África
O anúncio foi feito hoje pelo ministro da Saúde zimbabueano, Obadiah Moyo, na capital, Harare, durante uma cerimónia de doação de medicamentos e desinfetantes para combater a epidemia.
"O número de mortes tinha estagnado em 49, e subitamente cinco pessoas morreram em Buhera na semana passada, então o número subiu para 54", disse Moyo, citado pelos 'media' locais.
Apesar do aumento do número de mortes, o ministro acredita que há sucesso no controlo da cólera e da febre tifoide.
O atual surto de cólera no Zimbabué foi detetado em 06 de setembro, nos subúrbios de Glen View e Budiriro, e terá tido origem na contaminação da água dos poços comunitários depois de uma fuga nas canalizações.
O caso levou a que o Executivo declarasse estado de emergência e adotasse várias medidas para conter a disseminação da doença.
No passado dia 26 de setembro, a Organização Mundial de Saúde afirmou que o número de casos de contágio ultrapassa os 6.400.
Com 54 mortes, este surto de cólera é o mais mortal desde o de 2008/09, quando a doença matou mais de 4.000 pessoas e infetou cerca de 100.000 no Zimbabué.
Esta é a quarta vez nos últimos 15 anos que esta nação da África Austral sofre um surto de cólera, uma doença tratável que causa vómitos e diarreia intensos, e que pode chegar a ser mortal se não for tratada a tempo.
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