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Tribunal turco liberta pastor norte-americano Andrew Brunson

A justiça turca libertou hoje da prisão domiciliária o pastor norte-americano Andrew Brunson, cuja detenção na Turquia provocou uma grave crise entre Ancara e Washington.

Tribunal turco liberta pastor norte-americano Andrew Brunson
Notícias ao Minuto

14:54 - 12/10/18 por Lusa

Mundo MP

O tribunal, em Aliaga, na região de Izmir (oeste), condenou o pastor a três anos e um mês de prisão, mas decidiu libertá-lo tendo em conta o tempo que já passou detido e o seu comportamento durante o processo, noticia a agência France-Presse.

O Ministério Público turco tinha pedido hoje o levantamento da prisão domiciliária de Brunson e da sua proibição de abandonar a Turquia.

Em mais uma sessão do julgamento, o Ministério Público pediu também uma pena de "até dez anos de prisão" por pertença a uma "organização terrorista".

Segundo a agência AFP, mesmo que seja condenado, Brunson poderá abandonar a Turquia se interpuser um recurso.

Brunson, de 50 anos e que vive na Turquia há mais de duas décadas, foi preso em dezembro de 2016 e indiciado por espionagem e acusações relacionadas com terrorismo.

O pastor, que rejeita as acusações, foi transferido a 25 de julho para prisão domiciliária por motivos de saúde.

A tensão entre a Turquia e os EUA, latente desde há longos meses, agravou-se após a imposição por parte de Washington, em 01 de agosto, de sanções contra dois ministros turcos devido ao caso Brunson.

A Turquia respondeu às sanções com contramedidas semelhantes dirigidas a altos cargos norte-americanos.

Apesar de as relações bilaterais manterem várias situações em aberto, incluindo o apoio norte-americano a milícias curdas sírias que Ancara considera “terroristas”, a detenção do pastor evangélico foi o fator que motivou a aplicação de sanções mútuas entre os dois aliados da NATO.

A Turquia acusa por sua vez Washington de não pretender extraditar o predicador islamita Fethullah Gülen, autoexilado nos EUA há 19 anos e acusado de responsabilidade pelo fracassado golpe de Estado militar de julho de 2016, uma alegação que este também tem rejeitado.

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