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PCP "tudo fará para um orçamento melhor", mas "não aceita retrocessos"

Jerónimo de Sousa recorda que “o compromisso do partido é com os portugueses e não com o PS”.

PCP "tudo fará para um orçamento melhor", mas "não aceita retrocessos"
Notícias ao Minuto

23:17 - 09/10/18 por Filipa Matias Pereira

Política Jerónimo de Sousa

Recentemente, Mário Centeno garantiu que não tem mais do que 50 milhões de euros para aumentos salariais na Função Pública. Perante estas circunstâncias, Jerónimo de Sousa defende que se está a assistir a “um avanço significativo na posição do Governo”.

O líder do PCP recorda que, anteriormente, “ouvimos algumas teorizações de que a reposição de rendimentos e direitos substituiria a necessidade do aumento salarial”. Porém, “o Governo reconsiderou”, defende num espaço de comentário na antena da TVI24.

Já relativamente aos valores do aumento, o PCP “não os discute porque acredita que esse é o princípio fundamental da negociação com os representantes dos trabalhadores”. O comunista defende, isso sim, “um aumento legítimo num setor que há nove anos não vê aumento” e “um aumento que combata o facto de estes trabalhadores terem perdido 12% do poder de compra”.

Já no setor da energia, Jerónimo de Sousa defende que “a proposta do Governo é nebulosa”. O PCP é partidário de “uma redução da fatura através da diminuição do IVA”, nomeadamente de 23 para 6%. Não estamos a falar de um artigo de luxo, mas de uma necessidade impreterível das famílias”. A proposta do Partido Comunista tem “nitidez” e esta é a “solução para aliviar as famílias. Não desistiremos dela”.

Outra das propostas do PCP para o Orçamento do Estado de 2019 prende-se com o aumento da derrama no IRC para empresas com lucros entre 20 e 35 milhões de euros. Jerónimo de Sousa acredita que “uma medida desta natureza bule pouco com empresas com esses lucros”. Trata-se, no seu entendimento, “de uma proposta com justiça social”.

Já no que à análise global da proposta do Orçamento concerne, o líder é perentório ao afirmar que “o compromisso do partido é com os portugueses e não com o PS”. Jerónimo de Sousa aproveita ainda para recordar que, ao longo da legislatura, o PCP “tem votado contra propostas do Governo. O PS, em relação a questões centrais, escolhe como parceiro convergente o PSD. Por isso, mantemos autonomia de apreciação em relação ao Orçamento do Estado”. O PCP, garante ainda, “tudo fará para termos um orçamento melhor, em linha com o melhor para o povo português, não aceitando retrocessos”.

Já em relação ao caso Tancos, em que o ministro da Defesa é acusado por um dos arguidos, Vasco Brazão, de ter conhecimento do encobrimento montado para devolver as armas, Jerónimo de Sousa alega que o PCP “não absolve nem condena antecipadamente”. Há uma investigação em curso e uma comissão de inquérito e depois “que se apurem as responsabilidade políticas”.

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