Jornalista Isnardo Bravo foi libertado após quase nove horas de detenção
O jornalista venezuelano, Isnardo Bravo, foi libertado pelas autoridades venezuelanas, depois de passar quase nove horas detido por funcionários da Direção Geral de Contra-Inteligência Militar (Dgcim, serviços secretos militares).
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Mundo Venezuela
A libertação foi confirmada pelo Sindicado dos Trabalhadores da Imprensa (SNTP, na sigla em castelhano) e o jornalista foi libertado depois de ser obrigado a assinar um documento que o impede de divulgar informação sobre o caso do piloto rebelde Óscar Pérez, assassinado pelas forças de segurança em janeiro último.
"Antes de ser libertado, fizeram-lhe assinar uma caução mediante a qual se lhe nega a possibilidade de dar qualquer declaração ou escrever na imprensa e redes sociais sobre o caso do piloto Óscar Pérez", explica o SNTP na sua conta na rede social Twitter.
Isnardo Bravo foi detido segunda-feira, no Aeroporto Internacional Simón Bolívar de Maiquetía (a norte de Caracas, o principal do país), quando, acompanhado pela filha de 11 anos, se preparava para efetuar uma viagem de cinco dias a Miami, EUA, para visitar um familiar.
O jornalista foi transferido dos espaços de segurança do aeroporto para a sede da Direção Geral de Contra-Inteligência Militar em Boleíta (Caracas), fortemente escoltado e sem permitirem que falasse com os familiares.
Na Venezuela começam a ser cada vez mais frequentes as notícias de jornalistas que são detidos pelas autoridades, ameaçados, ou impedidos de sair do país.
A 15 de janeiro de 2018, um grupo de rebeldes, liderado por Óscar Pérez, foi confinado pelas forças de segurança a uma casa na zona de El Junquito, no noroeste de Caracas, de onde transmitiu informação, nas redes sociais, de que queria negociar a sua entrega às autoridades.
Contudo, uma operação das forças de segurança acabou na morte de todos os membros do grupo, acusados de "terroristas" pelo Governo, e de dois alegados polícias.
Óscar Pérez era acusado de, em junho de 2017, ter usado um helicóptero do Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas (CICPC, antiga Polícia Técnica Judiciária) para disparar vários tiros contra a sede do Ministério do Interior e Justiça, e arremessar quatro granadas contra o Supremo Tribunal de Justiça, que não causaram vítimas.
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