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Trabalhistas admitem novo referendo, mas sem opção de permanecer na UE

O partido Trabalhista, principal partido da oposição no Reino Unido, admite apoiar a realização de um novo referendo sobre o Brexit, mas sem a opção de permanecer na União Europeia, indica uma moção que será votada na terça-feira.

Trabalhistas admitem novo referendo, mas sem opção de permanecer na UE
Notícias ao Minuto

12:22 - 24/09/18 por Lusa

Mundo Brexit

O texto, que terá sido concluído no domingo à noite, será apresentado aos militantes do congresso a decorrer em Liverpool na terça-feira e determina: "Se não conseguirmos uma eleição nacional, o Partido Trabalhista deve apoiar todas as restantes opções disponíveis, incluindo fazer campanha por um voto público".

Porém, a moção não apoia claramente a realização de um novo referendo, como reivindicam o partido dos Liberais Democratas e dos Verdes, bem como algumas figuras do próprio Labour, como o Mayor de Londres, Sadiq Khan.

Em declarações hoje à BBC, o porta-voz para os assuntos financeiros, John McDonnell, vincou que um referendo deve ser sobre os termos do acordo e não sobre a hipótese de permanecer na UE.

McDonnell, considerado o número dois do líder, Jeremy Corbyn, reiterou a posição de respeitar o referendo de 23 de junho de 2016, quando 52% dos eleitores britânicos determinaram que o país deveria sair da UE.

"Se o acordo que Theresa May trouxer de Bruxelas não for aceitável, não passar nos testes que estabelecemos, em especial a proteção dos empregos e da economia, pressionaremos por uma eleição nacional. Se não conseguirmos uma eleição nacional, mantemos na mesa a opção de um voto popular", vincou.

No domingo, Corbyn já tinha avisado, numa entrevista à BBC, que o partido Trabalhista votaria contra um acordo com o qual não concordasse para forçar o governo a renegociar com Bruxelas.

O governo britânico estipulou 29 de março de 2019 como a data da saída efetiva do país da UE, mas ainda está a negociar os termos da saída e também da futura relação com os restantes 27 países membros.

Na sexta-feira, a primeira-ministra britânica, Theresa May, admitiu que existe um "impasse" e pediu a Bruxelas "respeito", exigindo que seja apresentada uma contraproposta ao seu plano para criar uma zona de comércio livre para bens e produtos alimentares.

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