POUPANÇA NO MINUTO
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"Ronaldo chora porque se sente um Deus"
O autor da biografia não autorizada a Cristiano Ronaldo conta as razões da despedida do português do Real Madrid: "Além do dinheiro, ele buscava um amor incondicional que tinha perdido em Madrid. Não sei se Allegri se tornará para ele como um pai, com certeza o irá ajudar a superar a eterna fase da adolescência em que está aprisionado. Messi e Cristiano têm mais em comum do que diferenças".
© Reuters
Desporto Guillem Balague
Guillem Balague, autor da biografia não autorizada de Cristiano Ronaldo, falou sobre o internacional português, da despedida ao Real Madrid e também da expulsão recebida contra o Valencia: "Ele sentiu um grande sentimento de injustiça, porque ele tinha a certeza de que não tinha feito nada sério, mas as razões também são outras ", disse, o atual correspondente de Espanha para a Sky Sports, em entrevista ao Corriere dello Sport.
"Foi uma reação fascinante porque ele destacou como os clubes mantêm os seus campeões numa bolha maravilhosa, uma zona livre onde esses jogadores se sentem como deuses na Terra. E os Deuses não são puníveis por definição. Quando isso acontece, a reação é exagerada e violenta. O problema desses marcianos é que eles não tiveram crescimento normal. Eles progridem, mas mentalmente, permanecem adolescentes porque não precisam de pensar noutra coisa a não ser brincar". Mas Guillem Balague vai mais longe...
"É difícil para um menino de 33 anos ser considerado um Deus em todas as circunstâncias, toda vez que ele entra em campo, toda vez que ele cumprimenta os seus adeptos, toda a vez que ele entra numa loja. As expectativas são enormes e tu acostumas-te com esse status rapidamente. Ele quer a devoção de todos, ele quer que todos confiem nele e isso em Madrid, na sua última fase não aconteceu mais. Essa busca pela devoção absoluta levou-o a Itália juntamente com outros aspectos, inclusive económicos. Ronaldo na Serie A não foi apenas bem recebido pelos adeptos da Juventus, mas tudo aquilo que ele movimentou à volta".
E para o jornalista da Sky Sports, Cristiano Ronaldo sempre esteve à procura de uma coisa: o amor de pai. "Amor. Ronaldo sempre permaneceu um adolescente que desespera por afeto. Afeto, claro. Ele não tem um pai ao seu lado e sempre procurou por um durante sua carreira profissional, de Ferguson a Mendes. Agora em Itália, o calor redescoberto dos adeptos permitiu-lhe preencher esta ausência. Ele sempre procurou afeto incondicional e unânime. Em Madrid, Florentino Perez tinha negado isso a ele, mas ele encontrou-o na Juventus"
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