PCP recomenda ao Governo reforço do rácio de auxiliares de ação educativa
O PCP vai apresentar hoje um projeto de resolução na Assembleia da República em que recomenda ao Governo a revisão este ano do rácio de auxiliares de ação educativa da escola pública no sentido de que seja reforçado.
© Reuters
Política Escolas
"Este projeto de resolução não é um ato isolado. O PCP tem intervindo e apresentado várias iniciativas legislativas ao longo destes últimos anos, porque isto é um problema recorrente", explicou à Lusa a deputada comunista Ângela Moreira, lembrando que o partido se tem batido por "um reforço efetivo" dos trabalhadores da Escola Pública ao incidir sobretudo nos rácios dos auxiliares de ação educativa.
O diploma do PCP refere que a escola pública "carece efetivamente" de uma política alternativa com investimento, mais pessoal e melhores condições.
Quando se fala da valorização da escola pública, o normal funcionamento das escolas "convoca a necessidade" de o Governo garantir que "existam trabalhadores em número suficiente" para responder às necessidades de cada escola.
Segundo a deputada, o PCP tem-se batido pela revisão do chamado "rácio de assistentes operacionais" na escola pública.
E prossegue: "Estes rácios já sofreram três alterações [2008, 2015 e 2017), mas mesmo assim esta portaria não responde às necessidades que uma escola requer".
Ângela Moreira afirmou ainda à Lusa que, "como o ministro [da Educação] diz que tem cumprido os rácios, a ser verdade, isto prova que o que eu estou a dizer é verdade, portanto, [o rácio] não responde às necessidades da escola pública".
Prova disso são também as notícias sobre o início deste ano letivo, que indicam que "um pouco por todo o país há escolas que têm falta destes trabalhadores", pois, frisou, "são aos milhares a falta destes trabalhadores".
Além disse, realçou, "algumas escolas não abriram portas por falta destes trabalhadores".
O PCP lembra ainda a "grande precariedade" que atualmente existe na escola pública no que se refere aos auxiliares de ação educativa.
O texto do projeto de resolução defende o reforço de pessoal na escola pública, o trabalho com direitos, a existência e reposição de carreiras e a luta contra a precariedade e baixos salários.
Recomenda ao Governo, entre outros pontos, que hajam auxiliares de ação educativa em número suficiente e em todas as escolas, durante todo o horário de funcionamento e que exista um número de auxiliares com formação adequada para acompanharem os alunos com necessidades educativas especiais.
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