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"Esta não é uma força política para um homem só. Isso seria uma ditadura"

Pedro Santana Lopes entregou, esta quarta-feira, no Tribunal Constitucional, 13 mil assinaturas, quase o dobro do número mínimo necessário para poder formar o partido Aliança.

"Esta não é uma força política para um homem só. Isso seria uma ditadura"
Notícias ao Minuto

16:49 - 19/09/18 por Natacha Nunes Costa

Política Santana Lopes

Foi à porta do Palácio Ratton que Pedro Santana Lopes falou aos jornalistas, visivelmente feliz, após a entrega de 13 mil assinaturas, quase o dobro do necessário para formar um partido político em Portugal, e explicou que o Aliança pretende ser um “partido fiel aos valores que constituem a identidade nacional” e “dedicado aos problemas concretos das pessoas”.

“O Aliança pretende ser fiel aos valores e princípios que constituem a identidade nacional, europeísta, apaixonados por Portugal e crentes no projeto europeu. Queremos contribuir com soluções, novas atitudes, pistas, propostas é isso que vamos fazer. E portanto, nascemos para isso”, sustentou o antigo primeiro-ministro, adiantando que a mais valia desta nova organização política é ser constituído por pessoas que estiveram, ou estão, no “exercício do poder político próximo das pessoas".

“Muitos de nós, que estamos na origem desta organização política, temos experiência de relacionamento concreto no exercício do poder político próximo das pessoas, em autarquias, em instituições de solidariedade, portanto, pessoas que sabem o que se passa na sociedade portuguesa e que conhecem as necessidades que advêm do envelhecimento da população”, frisa.

Santana Lopes relembra ainda que não quer acabar com serviços públicos, como o Sistema Nacional da Saúde (SNS), mas sim dar a todos os cidadãos a possibilidade de acederem aos mesmos serviços, como os seguros de saúde.

“Não vale a pena responder com os preconceitos do costume da sociedade portuguesa, eu não quero acabar com SNS, eu sou defensor do SNS, sou defensor da Segurança Social pública, acho é que as pessoas devem ter direito à escolha e choca-me ver um país que tem seguros de saúde mas que não tem essa generalização para aqueles que menos possibilidade têm para poder ocorrer a cuidados de saúde melhores”, afirma recordando, contudo, que por vezes os melhores cuidados estão nos hospitais públicos.

“Eu sei que às vezes os melhores cuidados estão no público, eu sei do que falo, tive um pai seis meses em coma e o melhor hospital para ele ir era um hospital público, mas também sei da importância que por vezes há em recorrer até, no terceiro setor, a bons hospitais que foram devolvidos pelo Estado às Misericórdias”, refere.

Em jeito de conclusão, o antigo provedor da Santa Casa da Misericórdia garantiu que todos os que constituem o Aliança estão "cheios de entusiasmo" e de vontade de "trabalhar, trabalhar, trabalhar", acrescentado que, apesar de ter sido ele a fundar o partido, não foi feito só para ele e está aberto a tdos.

"Esta não é uma força política para um homem só, não acredito que possam existir partidos de homens sós a não serem ditaduras", disse numa clara referência às declarações de Rui Rio.

Recorde-se que o líder do PSD aconselhou, recentemente, os críticos internos que discordam “do ponto de vista estrutural” a tomarem uma atitude idêntica à de Pedro Santana Lopes, que no início de agosto saiu do PSD para formar um novo partido, a Aliança.

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