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Fila de taxistas em protesto em Lisboa chega à Avenida da República

A fila de táxis formada em Lisboa no protesto contra as plataformas de transporte em veículos descaracterizados, com início nos Restauradores, chegou às 10:00 à Avenida da República, com "mais de mil carros" concentrados na capital, segundo a organização.

Fila de taxistas em protesto em Lisboa chega à Avenida da República
Notícias ao Minuto

11:07 - 19/09/18 por Lusa

País Táxis

Os carros estão aparcados também nos dois sentidos da Avenida da Liberdade (com ambos os lados completos) e na Avenida Fontes Pereira de Melo (no sentido descendente), até ao Saldanha. O Marquês de Pombal mantém-se desocupado.

De acordo com elementos do grupo de trabalho responsável pela organização do protesto, tanto da Federação Portuguesa do Táxi, como da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), "está tudo a correr muito bem".

Um grupo de seis taxistas dá apoio a quem chega para ocupar a fila, distribuindo t-shirts pretas com a inscrição #somostaxi e bandeirolas com a mesma menção, colocadas estrategicamente nas janelas das viaturas aparcadas nas vias 'bus'.

À Lusa, os profissionais dizem que cerca das 09:00 não estava qualquer colega a operar na praça do aeroporto.

"É excelente, não está lá nenhum piquete, nem nada", refere António Ribeiro.

Também António Teixeira se mostra satisfeito com a dimensão do protesto passadas cinco horas desde que os taxistas se começaram a concentrar na Praça dos Restauradores, às 05:00.

Enquanto as motos da PSP vão passando pela Praça Duque de Saldanha, António Teixeira refere à Lusa que os profissionais estão preparados para permanecerem parados "pelo tempo que for preciso".

"Desta vez não vai ser como das outras. O acordado com a PSP é que vamos ficar por tempo indeterminado. Só saímos com uma assinatura", frisou, lembrando que das outras vezes, em protestos anteriores, os taxistas saíam das reuniões com promessas verbais: "Hoje só com um papel assinado".

Isac Cardoso, que trabalha num dos quiosques da Praça Duque de Saldanha, diz à Lusa que o dia hoje "está a ser diferente", admitindo até que o número de clientes diminuiu.

"Demorei imenso tempo a cá chegar e era cedo. Temos de entrar às sete para abrir às oito. O trânsito está um caos, não é costume ser assim", comenta.

Também Flávio Dias, segurança numa empresa no Saldanha, refere que o dia "não está a ser normal".

"O trânsito está diferente. Demorei mais do dobro do tempo aqui a chegar ao trabalho. Estava a ver que chegava atrasado. Vim de transportes públicos, como sempre, mas hoje com o trânsito cortado na Avenida da República foi pior", explica.

Os taxistas vão ocupando a Avenida da República e vão ouvindo alguns carros a apitar em solidariedade, outros em tom de queixa.

Um dos colegas espanhóis que chegaram em solidariedade passa pelos companheiros lusos estacionados e vai dando apoio na viatura que transporta as bandeiras de Portugal e Espanha, demonstrando que a luta é além-fronteiras.

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