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"As vozes chamavam por mim": Entenda o que significa viver com psicose

“Passei dez anos a esconder que sofria de psicose”, revelou o paciente Luke Watkin numa reportagem à BBC News.

"As vozes chamavam por mim": Entenda o que significa viver com psicose

Watkin estava na escola, sozinho no corredor, quando ouviu um barulho estranho pela primeira vez. Tinha 12 anos.

"Ouvi um barulho que se assemelhava a um comboio, seguido por um ruído de metal. Era algo completamente fora do comum. Foi um choque, algo que não pude entender e processar", diz.

"Essa experiência foi aterrorizante."

Aquele foi o primeiro contato de Luke com um problema chamado psicose.

Luke conta que, de ouvir barulhos, passou a escutar palavras, o seu nome e, eventualmente, frases inteiras. "Era como se alguém estivesse a tentar falar comigo. As vozes chamavam por mim"

Os principais sintomas de psicose são alucinações e delírios. O problema pode ser causado por uma doença mental específica, como esquizofrenia, distúrbio bipolar e depressão severa.

A psicose também pode ser desencadeada por uma experiência traumática, stress, consumo de drogas e álcool, surgir como efeito colateral de toma de medicação ou sintoma de um tumor cerebral.

A importância de um diagnóstico precoce

Embora não seja tão comum como depressão, afetando menos de uma pessoa em cada 100, os especialistas dizem que é importante reconhecer os sintomas da psicose cedo, para que o tratamento seja mais eficaz.

Pessoas com psicose correm o risco de se ferirem a si próprias ou de cometer suicídio. Os primeiros episódios de psicose costumam ocorrer entre as idades de 18 e 24 anos.

Sintomas

- Alucinação: quando alguém ouve, vê, sente, cheira ou prova coisas que não estão, de facto, ali;

- Ouvir vozes;

- Delírios: Quando uma pessoa tem fortes crenças que não são compartilhadas pelos outros;

- Um delírio comum é alguém acreditar que existe uma conspiração para a prejudicar;

- Fala rápida e repetida;

- Fala confusa;

- Perda repentina da linha de raciocínio, provocando uma pausa abrupta na conversa ou atividade.

Luke tentou conversar com um professor na época da primeira crise. "Fizeram-me sentir que se tratava de algo sobre o qual eu não deveria falar”.

Mas, na universidade, passou a não conseguir esconder a condição. Luke desistiu dos estudos e cortou o contato com a família.

"Quando cheguei ao pior estágio da minha doença mental optei por desaparecer", conta.

"Depois de desaparecer, ficou claro para a minha família que algo estava errado. Esse foi o primeiro passo para que procurasse ajuda”.

O tratamento

O tratamento envolve uma combinação de medicamentos para controlar a doença, terapias psicológicas e apoio familiar.

Atualmente, Luke tem 26 anos e ajuda outros jovens que passam pelo mesmo problema. Ele afirma ver uma mudança na forma como as pessoas encaram a psicose.

"Acho que hoje em dia as pessoas sentem uma menor necessidade de esconder a psicose. É muito mais fácil falar sobre o assunto do que tratá-lo como um tabu. É algo que simplesmente pode acontecer a qualquer pessoa”, alerta.

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