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África do Sul entrega de restos mortais de "Ben Ben" por "reconciliação"

A Presidência sul-africana considerou hoje como um contributo para a "reconciliação" angolana o apoio à trasladação para Angola dos restos mortais do general da UNITA Arlindo "Ben Ben", que faleceu na África do Sul em 1998.

África do Sul entrega de restos mortais de "Ben Ben" por "reconciliação"
Notícias ao Minuto

09:05 - 13/09/18 por Lusa

Mundo Angola

A cerimónia de repatriamento será realizada esta manhã, na Base Aérea de Waterkloof, em Pretória, "como parte da assistência da África do Sul à República de Angola" e "contribuirá para a reconciliação entre a nação angolana", lê-se no comunicado emitido hoje pela Presidência de Cyril Ramaphosa, chefe de Estado sul-africano.

Uma delegação do Governo de Angola viajou hoje para a África do Sul para tratar do processo de transladação dos restos mortais do general da UNITA Arlindo Chenda Pena "Ben Ben".

A Casa Civil do Presidente da República de Angola explicou anteriormente que tomou a iniciativa de solicitar às autoridades da África do Sul a transladação para o país dos restos mortais do antigo vice-chefe do Estado-Maior das FALA (Forças Armadas de Libertação de Angola), então braço militar da União Nacional para a Independência de Angola (UNITA), "pedido prontamente correspondido".

No comunicado de hoje, a Presidência sul-africana justifica que face "ao empenho do Presidente [de Angola], João Lourenço, em reconhecer os angolanos que lutaram na luta anticolonial pela libertação, o Presidente Ramaphosa concordou em ajudar e apoiar os esforços do Governo angolano para uma maior paz, reconciliação e união".

O corpo do general, formalmente equiparado a chefe adjunto do Estado-Maior General das FAA, estava sepultado no cemitério de Zandfontein, em Pretória, África do Sul.

Na cerimónia de hoje, prevendo a partida dos restos mortais do general "Ben Ben", em Pretória, participa uma delegação governamental angolana liderada pelo ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queirós, integrando também oficiais generais das Forças Armadas Angolanas (FAA), mas também membros do Governo sul-africano.

A decisão de repatriar os restos mortais surgiu na sequência de um pedido do líder da UNITA, Isaías Samakuva, ao Presidente angolano, João Lourenço (MPLA), que, por sua vez, contactou o homólogo sul-africano, Cyril Ramaphosa, que deu "luz verde" à exumação.

Por ter sido morto em combate, a 19 de outubro de 1998, no conflito que opôs o exército do Governo angolano às forças militares da UNITA, as autoridades sul-africanas de então decidiram embalsamar o corpo de Arlindo Chenda Pena "Ben Ben" e lacrá-lo numa urna própria para que, a qualquer momento, a família pudesse reclamar o repatriamento para Angola.

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