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Dirigente do Sendero Luminoso condenado a perpétua foge para França

O Peru denunciou hoje a fuga para França do dirigente da guerrilha maoista do Sendero Luminoso Moises Limaco, condenado na terça-feira a prisão perpétua pela participação num atentado que fez 25 mortos e mais de 150 feridos em 1992.

Dirigente do Sendero Luminoso condenado a perpétua foge para França
Notícias ao Minuto

23:31 - 12/09/18 por Lusa

Mundo Prisão

A justiça peruana ordenou a sua "localização e captura a nível nacional ou internacional", e as autoridades enviaram um pedido formal, no mesmo sentido, à Interpol.

Moises Limaco, de 57 anos, cumprirá a sua pena "assim que for capturado ou que se apresente de livre vontade" às autoridades peruanas, segundo a decisão judicial pronunciada na terça-feira à tarde.

O dirigente acompanhou o seu processo em liberdade, entre fevereiro de 2017 e 20 de maio deste ano, mas, uma vez que não estava proibido de sair do país, apanhou um voo para Paris, na companhia Air France, no dia 11 de junho, segundo a polícia da fronteira peruana.

Doze pessoas foram julgadas no processo do atentado de 1992, nomeadamente o chefe histórico do movimento, Abimael Guzman, que já está a cumprir uma pena de prisão perpétua.

Moises Limaco, Abimael Guzman e nove outros dirigentes deste grupo já presos foram condenados a prisão perpétua, ao passo que a décima segunda acusada, Elizabeth Cardenas, foi absolvida.

Abimael Guzman, de 83 anos e apelidado de "Pol Pot dos Andes" por causa da crueldade do Sendero Luminoso, foi preso depois da sua captura em Lima, em 1992, sob a presidência de Alberto Fujimori (1990-2000), que lançou uma feroz repressão contra o movimento.

A sua prisão foi o começo do fim deste conflito sangrento no país.

A Comissão Verdade e Reconciliação estimou, em 2003, em cerca de 70.000 os mortos ou desaparecidos durante os 20 anos de conflito entre o exército e os guerrilheiros do Sendero Luminoso (organização de inspiração maoista) e o Movimento Revolucionário Tupac Amaru.

Antigo professor de filosofia da Universidade de Ayacucho (sul), Abimael Guzman criou o seu movimento em 1969 sob o nome de Partido Comunista do Peru-Sendero e, posteriormente, lançou, em maio de 1980, a chamada guerra popular.

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