e-Toupeira: O último dos casos que deixou o Benfica em ebulição
O e-toupeira é o último dos casos que tem manchado o nome da instituição Benfica. Antes, os encarnados já viram o seu nome associado ao ‘Caso dos emails’, ‘Operação Lex’ e ‘Mala Ciao’.
© Global Imagens
Desporto Justiça
O Ministério Público acusou, na passada terça-feira, a SAD do Benfica e o seu assessor jurídico de 109 crimes. Paulo Gonçalves é acusado de 79, entre eles corrupção ativa, recebimento indevido de vantagem, violação do segredo de justiça ou falsidade informática. Já a SAD do clube da Luz é acusada de um crime de corrupção ativa, um crime de oferta ou recebimento indevido de vantagem e de 28 crimes de falsidade informática.
Um caso que mancha a instituição Benfica, mas que sobretudo pode deixar o clube suspenso de competir entre seis meses e três anos. Este processo, o e-toupeira, ganhou agora novos contornos, mas recorde-se que teve início a 6 de março, quando Paulo Gonçalves foi constituído arguido.
No entanto, este caso de justiça não é o único que assombra o emblema da Luz. Nos últimos tempos, refira-se anos, o clube encarnado tem passado por sucessivos casos. Um deles já arquivado: o dos vouchers.
Iniciou-se em 2015, depois de uma denúncia de Bruno de Carvalho, mas acabou arquivado em março de 2017 pelo Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) e em agosto pelo Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol.
Ainda no mesmo ano, um outro caso fez correr ainda mais tinta. Depois de várias denúncias do FC Porto, tornadas públicadas via direção de comunicação, o ‘Caso dos emails’ veio à tona.
Francisco J. Marques foi o responsável por revelar os emails do Benfica© Global Imagens
Caso dos emails
Francisco J. Marques, no dia 11 de abril de 2017, começou por revelar alguns emails que alegadamente comprometiam o Benfica. Se numa primeira instância, foi revelada troca de correspondência entre o chefe de segurança do clube e o administrador Domingos Soares de Oliveira sobre as claques, o caso tomou outras proporções quando o diretor de comunicação do FC Porto denunciou um alegado esquema de corrupção do Benfica para favorecer árbitros.
Revelaram emails entre Paulo Gonçalves e Nuno Cabral, ex-árbitro e na altura delegado da Liga de Clubes. O caso rebentou no dia 19 de outubro com buscas realizadas pela Polícia Judiciária no Estádio da Luz e nas casas de Luís Filipe Vieira, Paulo Gonçalves, Nuno Cabral, Pedro Guerra, Ferreira Nunes (ex-responsável pela classificação dos árbitros) e Adão Mendes (ex-árbitro).
Porém, em fevereiro de 2018, o Tribunal da Relação do Porto acabou por dar razão ao Benfica e o FC Porto ficou proibido de revelar mais emails do clube encarnado, tendo dias depois desta decisão anunciado que ia recorrer ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. O caso continua a ser investigado e foi anexado ao processo dos vouchers.
Luís Filipe Vieira foi constituído arguido no caso Operação Lex© Global Imagens
Operação Lex
No dia 30 de janeiro deste ano, Luís Filipe Vieira foi constituído arguido por suspeitas de corrupção, tráfico de influências, recebimento indevido de vantagens, branqueamento e fraude fiscal. Num caso em que o juíz desembargador Rui Rangel é o principal arguido, além de Vieira, o Benfica também viu o seu o vice-presidente Fernando Tavares ser constituído arguido.
Foram realizadas 33 buscas, entre as quais, uma delas no Estádio da Luz, outra à casa do presidente Luís Filipe Vieira.
Mala Ciao
No dia 25 de junho, o Benfica viu o nome do clube, mais uma vez, ligado a um caso de corrupção desportiva. A Polícia Judiciária e o Ministério Público reuniram indícios de que o emblema da Luz tinha prometido pagar cerca de 10 mil euros a cada jogador do Desportivo das Aves para vencer o FC Porto. Isto referente à época 2017/18.
Além de Benfica e Aves, também o Vitória de Setúbal e o Paços de Ferreira foram investigados. O caso também continua a ser investigado.
FC Porto-Desportivo das Aves disputado a 8 de abril de 2018© Global Imagens
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com