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Dois palestinianos mortos e 60 feridos pelas forças de Israel em Gaza

Dois palestinianos morreram hoje e outros 60 ficaram feridos durante mais uma jornada de protestos em Gaza, junto à fronteira com Israel, vítimas de disparos do lado israelita, anunciou o Ministério da Saúde palestiniano.

Dois palestinianos mortos e 60 feridos pelas forças de Israel em Gaza
Notícias ao Minuto

19:48 - 17/08/18 por Lusa

Mundo Protestos

As mortes surgem numa altura em que Israel e Palestina tentam manter uma trégua precária e negoceiam o alargamento do cessar-fogo a longo prazo.

Durante os protestos de hoje, em que os manifestantes exigiram o direito de regresso e criticaram o bloqueio, Karim Abu Fatayer, de 30 anos, e Karam Abu Muamar, de 26, foram abatidos na região fronteiriça do enclave, tendo outras 60 pessoas sido feridas por munições reais usadas pelas forças israelitas.

Os manifestantes queimaram rodas, lançaram balões incendiários contra Israel, provocando um incêndio perto da localidade agrícola de Beeri e arremessaram pedras contra as tropas estacionadas na zona divisória, que responderam com fogo real e gás lacrimogéneo durante os confrontos, de acordo com os testemunhos citados pela agência de informação espanhola Efe.

Israel e o movimento palestiniano Hamas mantêm conversações indiretas, mediadas pelo Egito, para um cessar-fogo duradouro, após a pior escalada militar na Faixa de Gaza desde 2014 e que terminou com uma trégua temporária, segundo a imprensa israelita.

Os esforços para chegar a um acordo duradouro contam com o apoio da ONU e centram-se no Cairo, no Egito, onde esta semana chegou uma delegação do Hamas, incluindo o número dois da organização, Salah al-Arouri, e das restantes fações palestinianas.

Segundo a imprensa israelita, o pacto que está em discussão é um amplo acordo, que inclui uma trégua com Israel, mas também o progresso da reconciliação interna palestiniana e da reabilitação da Faixa Gaza.

Desde julho, a Faixa de Gaza e as zonas periféricas israelitas sofreram três focos de violência, o último dos quais na semana passada, no que foi um dos mais violentos confrontos entre Israel e o Hamas desde a guerra de 2014.

Na quinta-feira passada, sob a égide do Egito e das Nações Unidas, foi decretada uma trégua, que todos reconhecem ser bastante frágil.

A instabilidade na faixa de Gaza aumentou com o início dos protestos da Grande Marcha do Retorno.

Com as duas mortes de hoje, são pelo menos 164 os palestinianos mortos a tiro por israelitas no enclave desde que começaram, a 30 de março, as manifestações ao longo da barreira de segurança com Israel para denunciar o bloqueio imposto há mais de 10 anos e exigir o direito de regresso dos palestinianos às terras de onde fugiram ou foram expulsos quando o Estado hebreu foi criado em 1948.

No último mês registaram-se várias escaladas de tensão, com disparos a partir de Gaza, manifestações e tentativas de infiltração e bombardeamentos e disparos israelitas.

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