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Turismo do Algarve junto da Proteção Civil é determinante nos incêndios

A integração da Entidade Regional de Turismo na Comissão Distrital de Proteção Civil foi determinante para informar comunidade estrangeira e turistas e retirá-los em segurança da área do incêndio de Monchique, disse hoje a Região de Turismo do Algarve.

Turismo do Algarve junto da Proteção Civil é determinante nos incêndios
Notícias ao Minuto

16:54 - 14/08/18 por Lusa

País RTA

João Fernandes, presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA), disse à agência Lusa que a indicação da Secretaria de Estado do Turismo para as Entidades Regionais passarem a participar nas reuniões de coordenação distrital da Proteção Civil foi "uma vantagem" para poder disponibilizar informação "rigorosa" aos parceiros do setor.

Entre esses parceiros estão associações como a Safe Communities Portugal, cujo presidente, David Thomas, foi "uma pessoa fundamental nessa interlocução com a comunidade estrangeira residente e não só residente", afirmou João Fernandes, frisando que todos os turistas e estrangeiros que visitam o Algarve também "beneficiam da informação que a Safe Communities produziu" em inglês antes e durante o incêndio.

A colaboração entre a RTA e a Safe Communities já estava no terreno desde que foram adotados o programa de prevenção contra incêndios Aldeia Segura e outras medidas preventivas e prosseguiu quando foram enviados os SMS para todos os telemóveis presentes na região, precisando que se tratava "de um sistema inovador de prevenção" e "não de uma reposta a uma situação concreta".

"Já numa fase em que ocorre um problema, fez tradução dos comunicados e resumos dirigidos à comunidade estrangeira na região", acrescentou o presidente da RTA, considerando que se tratou de um "trabalho que não tinha histórico de articulação tão presente, mas que resultou muito bem e é uma boa prática que deve ser não só consolidada como potenciada".

Outro aspeto fundamental de todo o trabalho realizado junto das comunidades estrangeiras e turistas durante o fogo, que começou a 3 de agosto e lavrou durante uma semana na serra de Mnchique, alastrando também a Portimão e Silves, foi a inexistência de vítimas e a retirada atempada de turistas das zonas de risco, destacou João Fernandes.

"O aspeto fundamental foi obviamente ter tido como primeira prioridade, como a meu ver não poderia deixar de ser, a vida humana. Feito o rescaldo deste episódio, não haver perdas humanas a lamentar e, até do ponto de vista turístico - e perdoem-me esta declinação - o não haver sequer um ferido entre os turistas, que foram retiradas muito antes de haver risco, é um ativo para a comunicação que depois temos de fazer para que não haja impacto para a economia da região", afirmou o presidente da RTA.

João Fernandes considerou que "foi preservada a vida humana" e disse que "isso é o mais importante, como é lógico", e sublinhou que "não houve nenhum registo de turistas feridos".

Só na zona de Caldas de Monchique, estavam cerca de 500 turistas em unidades hoteleiras, mas foram reencaminhados para outras unidades junto da costa e "prosseguiram as férias com normalidade", assegurou.

O presidente da RTA disse que está a ser feito um levantamento das infraestruturas e equipamentos na zona do incêndio, onde há, destacou, "agências de viagens, empresas de animação turística que se dedicavam ao turismo de natureza, empreendimentos e alojamentos", mas adiantou que "a maioria destes equipamentos não foram afetados".

"O que foi afetado foi a evolvente", disse, reconhecendo que a envolvente "é também o cartão de visita" da serra de Monchique, que está "bastante afetada", mas "felizmente preserva ainda hoje sítios lindíssimos", disse João Fernandes, pedindo aos turistas que "visitem a serra de Monchique, porque preserva ainda muitas das suas qualidades" e "a população e as empresas de Monchique agradecem".

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