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Investimento institucional no imobiliário português aumenta 56% até julho

O investimento institucional no setor imobiliário português aumentou 56% até julho, com 30 operações de 1,9 milhões de euros, e deverá atingir os três a 3,5 milhões de euros até final do ano, antecipa hoje a Cushman & Wakefield.

Investimento institucional no imobiliário português aumenta 56% até julho
Notícias ao Minuto

16:42 - 14/08/18 por Lusa

Economia Cushman & Wakefield

Num balanço do primeiro semestre do ano do mercado português, a imobiliária fala de um período "muito positivo" para o setor, que "desde 2014 demonstra um dinamismo crescente, através de um aumento da atividade de ocupação e de investimento, bem como de uma forte valorização dos ativos imobiliários".

"O setor residencial tem tido o crescimento mais significativo, mas os setores de imobiliário comercial registam também uma evolução muito positiva", nota, antecipando que "o atual estado do mercado, bem como o bom comportamento da economia, apontam para uma manutenção desta evolução positiva".

Segundo a Cushman & Wakefield, no que se refere ao investimento institucional entre janeiro e julho, o setor de retalho liderou "largamente" o volume de investimento, com 65% dos capitais alocados até à data ao imobiliário comercial. No ano anterior, pelo contrário, os setores de escritórios e retalho tinham sido responsáveis por volumes equivalentes de capital, cada um na ordem dos 37%.

"O investimento estrangeiro lidera largamente a atividade, representando 98% do capital investido", refere, especificando que os investidores franceses foram responsáveis por 35% do total, seguidos dos espanhóis (29%) e de investidores originários do Reino Unido (20%).

O maior negócio do ano foi, até ao momento, a compra pela Immochan do portfólio de retalho da Blackstone, composto pelo Forum Sintra, Forum Montijo e Sintra Retail Park, por 411 milhões de euros, enquanto o negócio de maior dimensão no setor de escritórios foi a venda do Lagoas Park pela Teixeira Duarte à Kildare Partners, por 375 milhões de euros.

De acordo com a imobiliária, os valores de mercado "revelam a elevada atratividade do imobiliário nacional", com todas as classes de ativos a registarem mínimos históricos nas 'prime yields', atualmente entre os 4,50% para escritórios e comércio de rua, os 4,75% para centros comerciais e os 6,25% para ativos logísticos.

No segmento de escritórios, segundo a Cushman & Wakefield nos primeiros sete meses do ano a procura na Grande Lisboa aumentou 31% em termos homólogos, tendo sido transacionados 114.000 metros quadrados (m2).

"Após o início da retoma em 2014, a procura de escritórios na Grande Lisboa tem vindo a crescer de forma sustentada, situando-se o valor dos primeiros sete meses do ano 73% acima da média da última década", refere.

E se foi na zona 6 (Corredor Oeste) que se concentrou o maior volume de área contratada no semestre -- 30% do total --, foi na zona 5 (Parque das Nações) que se fechou o maior negócio: a ocupação integral por parte da Teleperformance de um edifício com 8.000 metros quadrados na avenida Infante Dom Henrique.

No Grande Porto, a imobiliária diz ter-se também registado um "elevado dinamismo" no segmento de escritórios, com cerca de 30.000 metros quadrados transacionados, tendo a ocupação de 16.000 metros quadrados por parte do BNP Paribas no Urbo Business Center sido a operação de maior dimensão em 2018 até à data.

Segundo a Cushman & Wakefield, quer o Grande Porto, quer a Grande Lisboa "demonstram escassez de espaços disponíveis de qualidade", situando-se a taxa de desocupação na Grande Lisboa nos 7,2%, 140 pontos base abaixo do ano passado.

Os valores de mercado "retratam o bom momento" vivido no segmento de escritórios, com a renda 'prime' em Lisboa a situar-se nos 21 euros/m2/mês e no Porto nos 16,5 euros/m2/mês, "em ambos os casos atingindo máximos dos últimos 15 anos".

No setor do retalho, a Cushman & Wakefield reporta uma "forte atividade, particularmente no comércio de rua" de Lisboa e do Porto, referindo "mais de 150 novas aberturas de lojas de rua" naquelas cidades entre janeiro e junho, um crescimento de 20% face a 2017.

"A restauração manteve-se o setor mais ativo, tendo sido responsável por 60% das novas aberturas", destaca, avançando que no primeiro semestre abriram "mais de 100" novas unidades de restauração nas ruas das duas principais cidades do país.

Em Lisboa, as Avenidas Novas foram a zona com maior dinamismo no segmento do retalho, "com destaque para o setor alimentar", que tem vindo a expandir no formato de proximidade.

Já no Porto a 'Baixa' tem vindo a registar "uma procura crescente" na área do retalho, nomeadamente nas ruas de Sá da Bandeira, Santa Catarina e das Flores.

Neste contexto, as rendas de mercado no retalho "mantiveram o crescimento que se tem vindo a verificar nos últimos anos, com o comércio de rua a registar as maiores subidas".

A zona da 'Baixa' de Lisboa teve a subida "mais acentuada" (mais de 20% nos últimos 12 meses), estando hoje nos 100 euros/m2/mês, mas o Chiado manteve-se "a localização de retalho mais cara do país", com uma renda 'prime' na ordem dos 130 euros/m2/mês.

Quanto ao Porto, registou um crescimento dos valores de rendas no comércio de rua "ainda mais acentuado", com a renda 'prime' na rua de Santa Catarina, a "localização mais valorizada da cidade", a subir 30% no último ano, para os atuais 75 euros/m2/mês.

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