"Todas as necessidades estão identificadas e para todas há resposta"
O chefe do Governo deixou esta garantia no final de uma reunião, de cerca de duas horas, com os presidentes de Câmara dos concelhos afetados pelo incêndio.
© Global Imagens
País António Costa
O primeiro-ministro António Costa reuniu esta sexta-feira com os responsáveis das autarquias de Monchique, Portimão e Silves e deu a conhecer as medidas estabelecidas para que se comece a proceder ao apoio às populações afetadas pelo incêndio que deflagrou, durante oito dias, nos concelhos.
Em conferência de imprensa, António Costa disse que ainda não é possível estabelecer um valor certo para os prejuízos sofridos, mas garantiu que "todas as necessidades estão identificadas e para nenhuma delas falta uma resposta".
Nas medidas estabelecidas, prevê-se o apoio a famílias cujas habitações foram afetadas pelo incêndio ou que perderam animais, nomeadamente no que diz respeito à sua alimentação.
Pelo menos 17 casas de primeira habitação ficaram destruídas no concelho de Monchique durante o incêndio que lavrou na última semana, anunciou o primeiro-ministro, disponibilizando apoios nesta matéria através do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana. Treze primeiras habitações situam-se em Alferce e as restantes quatro em Monchique.
Questionado pelos jornalistas, o presidente da Câmara de Monchique indicou que estas 17 habitações necessitam de uma "reconstrução total".
António Costa não soube esclarecer o tempo que será necessário para apoiar todas as famílias afetadas, explicando que cada caso é um caso e que tudo dependerá do nível de necessidade de cada família.
No entanto, para o primeiro ministro, a “medida mais importante” prende-se com o “reordenamento económico da serra de Monchique de forma a assegurar que não tenha a sua atividade tão dependente das espécies de crescimento rápido [como o eucalipto] e possa ter uma maior diversidade e contribuir para enriquecer a oferta turística do Algarve, que não assente somente nas magnificas praias e no mar e possa valorizar cada vez mais a componente da natureza". A coordenação deste mesmo plano será da responsabilidade do presidente daquela câmara.
Confrontado mais uma vez sobre declarações anteriores, em que foi acusado de ter desvalorizado a gravidade deste incêndio, o socialista voltou a salientar que “seria estranho num incêndio destas dimensões não houvesse feridos”, e salientou que “há que registar de forma positiva que não houve perdas de vida”.
Mais indignado esclareceu: “falar da excecionalidade de Monchique não foi diminuir a gravidade mas assentuá-la. Se não fosse essa excecionalidade não estaria aqui hoje, grande parte dos membros do governo não teriam vindo aqui, o presidente da República não viria amanhã. O ser excecional não diminui gravidade”, atirou.
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