Filho de Daphne Caruana Galizia diz que mãe sofreu anos de intimidação
Paul revelou que três cães da família foram mortos e que tentaram incendiar a casa da mãe. Família da jornalista quer que seja aberto um inquérito independente e público para saber se Malta falhou no dever de protegê-la.
© Reuters
Mundo Crime
Um dos filhox da jornalista Daphne Caruana Galizia, que foi morta em outubro em Malta, afirmou numa entrevista à BBC que a sua mãe foi intimidade durante vários anos. Paul Caruana Galizia adiantou que ao longo dos anos tentaram incendiar a casa da jornalista mas não faltaram outros exemplos de ameaças veladas.
“Os nossos três cães foram mortos – envenenados, cortaram a garganta a outro”, disse Paul Caruana Galizia. “Nós crescemos com isto e não era segredo que a minha mãe recebia ameaças”.
Os advogados da família de Daphne também já fizeram chegar ao governo maltês um documento no qual pedem a abertura de um inquérito independente e público para saber se “Malta falhou na sua obrigação de proteger” a jornalista ao abrigo do artigo 2 da Convenção Europeia dos Direitos Humanos. Esse artigo diz que “o direito à vida de todos deve ser protegido pela lei”. Tal como todos os estados-membros da União Europeia, Malta assinou essa convenção.
“Até poderes parar de perguntar ‘Podíamos ter feito algo de forma diferente? Podia o estado ter feito algo de forma diferente?’, sentimos que ainda não podemos estar de luto”, referiu Paul.
A polícia de Malta prendeu três suspeitos da morte da jornalista em dezembro. Foram acusados de homicídio mas em tribunal disseram ser inocentes. Os três homens continuam detidos.
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