Monchique: Sobe número de feridos, situação "é muito complexa"
O balanço do número de feridos resultante do incêndio de Monchique subiu esta segunda-feira para 29 pessoas, somando-se assim mais quatro pessoas desde o último balanço.
© Reuters
País Faro
O número de feridos subiu esta segunda-feira para 29, informações prestadas pela Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC), no local. O número de pessoas assistidas subiu de 44 para 64.
A mesma fonte indicou que todos são feridos ligeiros. O único ferido grave, até ao momento, é uma senhora de 72 anos, que teve de ser transportada de helicóptero para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
O incêndio que pelo quarto dia lavra na serra algarvia voltou a agravar-se durante o dia de hoje e o quadro geral da operação é neste momento "muito complexo", admitiu um responsável da Proteção civil, citado pela Lusa.
"A situação infelizmente alterou-se, tínhamos uma situação mais favorável e registaram-se várias projeções, as quais tiveram um comportamento bastante violento", assumiu o segundo comandante operacional distrital da Proteção Civil de Faro, Abel Gomes.
De acordo com aquele responsável, as zonas "muito sensíveis" que não estavam consolidadas "reativaram e com grande intensidade", o que, face à meteorologia que continua adversa, faz deste um "incêndio de grande dimensão". Contudo, o quadro meteorológico "não é favorável", porque vão manter-se temperaturas altas e a humidade relativa vai continuar baixa, o que faz antever "uma noite dura de muito trabalho".
Segundo aquele responsável, os locais que oferecem maior preocupação são, neste momento, a zona da Fóia e o sítio da Cascalheira, ambos em Monchique, e a barragem de Odelouca, já no concelho de Silves.
Recorde-se que a intensidade do vento a que se assiste na zona levou a alguns reacendimentos e originou a evacuação de parte de aldeia de Fóia, na vila de Monchique. Foram ainda retiradas pessoas do Sítio da Cascalheira e ainda da Barragem de Odelouca, já no concelho de Silves.
Questionado pelos jornalistas sobre a eventualidade de haver pessoas desaparecidas, Abel Gomes garantiu não ter conhecimento de que haja pessoas desaparecidas, sublinhando que pode ser uma realidade, mas que, por agora, é preferível "não especular".
No terreno continuam a operar cerca de 1.105 operacionais, apoiados por 341 veículos e um total de 24 máquinas de rasto. A apoiar no combate estiveram cinco helicópteros, três parelhas de aviões nacionais e três aviões espanhóis, sendo que, segundo Abel Gomes, todos estiveram ao combate e operacionais.
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