Putin diz que "forças" nos EUA querem sacrificar relações entre os países
O Presidente russo, Vladimir Putin, acusou hoje "forças nos Estados Unidos" de estarem "prontas a sacrificar as relações russo-americanas", após a cimeira com o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, em Helsínquia.
© Reuters
Mundo Rússia
"Nós vemos que existem forças nos Estados Unidos que estão prontas para sacrificar facilmente as relações russo-americanas em favor das suas ambições", disse Putin num discurso aos embaixadores da Rússia, que estão reunidos em Moscovo.
Estas forças "estão dispostas a sacrificar os interesses dos seus aliados e até mesmo as garantias da sua própria segurança", disse Putin, recordando neste contexto que o tratado para a redução de armas nucleares entre a Rússia e os Estados Unidos, o New START, deverá expirar em 2021.
"Se não começarmos hoje, agora, o trabalho para prolongar este tratado, num ano e meio, ele simplesmente expirará, ele não existirá mais", disse Putin.
Desde a cimeira entre Putin e o Presidente norte-americano, realizada na segunda-feira, Donald Trump tem estado sob fogo cerrado dos críticos nos Estados Unidos, inclusive no seu próprio partido, por ter feito declarações consideradas demasiado conciliatórias em relação à Rússia e Putin.
A conversa de duas horas entre os dois líderes, sem os seus assessores, é agora objeto de intensa especulação.
Algumas autoridades sugeriram que o intérprete de Trump fosse questionado pelo Congresso norte-americano.
"Vemos nessas forças dos Estados Unidos que os interesses dos seus partidos são mais importantes que os interesses nacionais", afirmou Putin.
Vladimir Putin reiterou hoje que a cimeira foi um "sucesso" e que o encontro iniciou o caminho para uma mudança positiva.
"A Rússia, no entanto, permanece aberta ao fortalecimento de contactos com os Estados Unidos com base na igualdade e no benefício mútuo", afirmou.
"Precisamos de uma agenda nova e positiva para conseguir um trabalho conjunto, para encontrar pontos de contacto. Nós falámos sobre isso durante a reunião com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump", acrescentou.
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