Tecnológica de serviços financeiros Raize entra hoje em bolsa
A Raize, empresa tecnológica de serviços financeiros, passa hoje a estar cotada em bolsa e tem como objetivo vender mais 10% do capital social.
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Economia Bolsas
Em 13 de julho, a Raize anunciou que atraiu mais de 1.400 investidores na Oferta Pública de Venda Inicial (OPV), que teve uma procura quase quatro vezes superior à oferta.
Num comunicado divulgado na altura, a Raize afirmou que a procura total, em número de ações, rondou os 2,7 milhões, num montante de 5,5 milhões de euros (+369%).
A OPV da Raize, que decorreu entre 18 de junho e 12 de julho, destinou-se quer a clientes particulares quer a institucionais, sendo disponibilizadas 750 mil ações representativas de 15% do capital social.
Depois de a OPV ter cumprido "todas as expectativas", a empresa quer vender mais 10% do seu capital social.
Segundo um documento divulgado há um mês, a nova venda corresponderá a um máximo de 500 mil ações, correspondentes até 10% do respetivo capital, "pelo período de seis meses contados desde a admissão" em bolsa, isto é, a partir de hoje.
O objetivo é que a empresa fique com 25% do seu capital social disperso em bolsa.
A Raize gere uma plataforma em que particulares emprestam diretamente às empresas, segundo a própria, tendo já sido emprestados mais de 13 milhões de euros em mais de 700 operações de empréstimos a Pequenas e Médias Empresas (PME).
Atualmente, os acionistas da Raize são os seus fundadores -- Afonso Eça e José Maria Rego (administradores da empresa, ambos, cada um com cerca de 30% das ações, segundo o documento informativo da oferta), António Marques (3% das ações) --, sociedades ligadas às famílias Champalimaud e Salvador Caetano e o empresário Luís Delgado, que recentemente adquiriu as revistas que pertenciam ao grupo Impresa, como a Visão.
Em 2017, a Raize teve quase 21 mil euros de prejuízos, melhor do que os quase 63 mil euros de prejuízos de 2016. A empresa tinha sete trabalhadores no final do ano passado, incluindo dois nos órgãos de gestão.
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