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PCP acusa Governo de "esquecer e desrespeitar" população de Beja

O PCP acusou hoje o Governo de "esquecer e desrespeitar" a população do distrito de Beja e insistiu na exigência da conclusão da A26/IP8 até Vila Verde de Fialho e da eletrificação do troço ferroviário Beja/Casa Branca.

PCP acusa Governo de "esquecer e desrespeitar" população de Beja
Notícias ao Minuto

12:31 - 16/07/18 por Lusa

Política Acusação

"Além de esquecer, o Governo está a desrespeitar a população do distrito de Beja", sobretudo "devido às dúvidas e à falta de garantias em relação a projetos estruturantes", como a conclusão da A26/IP8 e a eletrificação do troço ferroviário Beja/Casa Branca, disse à agência Lusa Manuel Reis, da Direção da Organização Regional de Beja (DORBE) do PCP.

O dirigente comunista falava à margem da "inauguração simbólica" feita hoje pelo PCP do troço de cerca de 10 quilómetros da A26 entre o nó Grândola Sul da A2 e Santa Margarida do Sado, no concelho de Ferreira do Alentejo, que "está concluído, mas ainda não abriu ao trânsito", porque a praça de portagens "não está concluída".

Em relação à A26/IP8, que deveria ligar Sines e Beja e cujas obras dos troços entre Santa Margarida do Sado e Beja foram canceladas, "ninguém na região sabe se vai ou não ser construído o que falta e quando e o Governo não se preocupa, nem diz nada", disse.

"O mesmo se passa" em relação à eletrificação do troço ferroviário Beja/Casa Branca", já que "o Governo também não diz se vai avançar ou não e quando", lamentou.

O troço Beja/Casa Branca, com 63 quilómetros, não está eletrificado, porque ficou de fora das obras de eletrificação da Linha do Alentejo, o que "obriga" a CP a operar com recurso a uma frota de automotoras diesel, que tem "uma idade média superior a 50 anos, baixas velocidades comerciais, tempos de percurso elevados, baixa fiabilidade e elevados custos de manutenção", segundo disse à Lusa fonte da empresa.

Por isso, frisou Manuel Reis, "registam-se, com muita frequência, problemas" no troço Beja/Casa Branca devido a avarias em automotoras, nomeadamente atrasos e supressões de ligações de comboio e que acabam por ser substituídas por viagens em autocarros.

Segundo Manuel Reis, o PCP exige a construção da A26/IP8 até Vila Verde de Ficalho, no concelho de Serpa (Beja), e sem portagens e a eletrificação do troço ferroviário Beja/Casa Branca, porque são "dois projetos absolutamente fundamentais e inadiáveis para se poder encarar um pouco melhor e com alguma confiança o futuro do distrito de Beja".

O PCP também exige a abertura imediata ao trânsito do troço da A26 entre o nó Grândola Sul da A2 e Santa Margarida do Sado, disse, referindo que o Governo "prefere" que o troço esteja fechado aos utentes do que o abrir "sem a respetiva cobrança de portagens".

A "inauguração simbólica" do troço da A26 foi uma das ações da campanha que a DORBE do PCP está a promover até ao final deste mês para divulgar junto da população as propostas do partido em relação às acessibilidades rodoviárias e ferroviárias e aos serviços de saúde no distrito de Beja.

Na passada quinta-feira, o Grupo Parlamentar do PCP entregou na Assembleia da República um projeto de resolução em que recomenda ao Governo que assegure e calendarize as obras de conclusão da A26/IP8 entre Sines e Vila Verde de Ficalho e sem portagens e a abertura imediata do troço já concluído.

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