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Red Bull Cliff Diving nos Açores: A etapa 'especial' que volta às origens

Este fim de semana, o ilhéu de Vila Franca do Campo, em São Miguel, foi palco para a terceira de sete etapa que vai do Texas a terras italianas e celebra a décima edição da competição.

Red Bull Cliff Diving nos Açores: A etapa 'especial' que volta às origens
Notícias ao Minuto

14:00 - 16/07/18 por Mariana Botelho

Lifestyle RedBull Cliff Diving

Só mesmo os melhores atletas saltariam do topo de um ilhéu, a 27 metros da água, de forma perfeita com mortais, piruetas e outras posições de salto que lhes façam entrar na água a pique, numa velocidade a 85km/h em menos de três segundos.

Foram precisamente estes atletas que vimos competir na terceira etapa do Red Bull Cliff Diving World Series, num total de 14 homens e mulheres.

A competição prolongou-se por dois dias, com duas rondas em cada dia, que contou com saltos diretamente das rochas e das plataformas de 21 e 27 metros para os atletas femininos e masculinos, respetivamente.

Foram o norte-americano Steve LeBue e a australiana Rihanna Iffland os grandes vencedores da etapa açoriana, que faz parte da competição mundial há sete anos consecutivos.

Para LeBue, de 33 anos, esta vitória é “um bocadinho mais especial que as outras pelas suas caraterísticas específicas e desafiantes” admite, referindo-se à particularidade da etapa em Portugal, que é a única a contar com saltos diretamente das rochas o que acresce a dificuldade pela imprevisibilidade do vento, movimento do ar e irregularidade das rochas. “O desafio é maior do que nunca e é interessante trabalhar para ultrapassar tais obstáculos”, refere aos jornalistas. O vencedor que levantou sábado o troféu do primeiro lugar reforça assim a sua liderança no circuito mundial, graças ao salto da plataforma de 27 metros que lhe deu um ponto a mais que aqueles com que conta David Colturi, que escolheu os Açores para fazer um dos saltos mais difíceis a nível mundial e garantiu o segundo lugar.

O também norte-americano Colturi tem vindo a apresentar um dos mergulhos mais difíceis da competição, e admite que ainda está a perceber “se vale a pena” ter ganho tal reconhecimento, pela pressão acrescida que tal lhe dá: “Já o tinha feito por duas vezes este ano: Em Texas não correu muito bem, em Bilbau foi ok”, admite, certo de que quantas mais repetições fizer do referido salto, mais direto será o caminho para o topo. Para já, o atleta mais novo a vencer uma prova do Circuito mundial, em 2013, festeja o segundo lugar do pódio açoriano.

Sem falhar uma única competição mundial, o atleta reconhece que após sete anos competidos no ilhéu de Vila Franca, “o maior desafio é a qualidade e a dificuldade dos mergulhos. Todos os participantes são agora mais fortes e estão a atingir mergulhos mais difíceis por isso não há espaço para errar, temos de estar mesmo em forma”.

Notícias ao MinutoRhiannan Ifflannd e Steven Lobue, vencedores da etapa açoriana© Red Bull

Já na competição feminina, Rihanna Iffland garantiu uma boa pontuação logo no primeiro dia de competição, tendo garantido o primeiro lugar graças a um total de quatro saltos “muito consistentes” que garantiram à australiana o seu melhor salto. A atleta de 26 anos estreou-se em 2016 no cliff diving, ano em que ganhou o título de campeã mundial da série feminina, posição de liderança que manteve no ano seguinte. Ainda que espere conseguir o feito de vencer três campeonatos seguidos, este ano o foco principal é “desfrutar da competição e ter saltos seguros”.

Com menos 30.65 pontos, mas a manter a liderança no circuito mundial, é a mexicana Adriana Jimenez quem ocupa o segundo lugar, mantendo assim a presença no top três dos Açores, que no ano passado liderou. A completar o pódio, é a canadiana Lysanne Richard quem leva a medalha de bronze para casa.

Comum aos vencedores e restantes atletas, é notório o carinho com que esta prova é vista, não só pelo grau de dificuldade acrescido como pelo facto de, por toda a sua natureza, a etapa no ilhéu de Vila Franca ser como um regresso do cliff diving às origens, que nasceu há mais de 200 anos no Hawai e que se baseava, na sua essência mais pura, em saltos acrobáticos para a água, diretamente das rochas.

Notícias ao MinutoSalto da plataforma de 21metros, no ilhéu de Vila Franca do Campo© Red Bull

Foi por isso com grande entusiasmo que os atletas receberam, pela voz de Marta Guerreiro, Secretária Regional da Energia, Ambiente, Turismo do Governo Regional dos Açores, a confirmação de que, em 2019, os Açores continuam no mapa do Red Bull Cliff Diving World Series.

Segue-se a próxima etapa, a 5 de agosto, a acontecer em Sisikon, uma vila na Suíça, onde ‘todos’ os moradores se envolvem na organização do evento que se foca nos saltos dados para o Lago Uri.

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