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Projeto-piloto no Norte quer combater iliteracia financeira da população

A região Norte está a ser palco para a implementação de um projeto-piloto que envolve as câmaras num plano de formação que visa combater a iliteracia financeira da população.

Projeto-piloto no Norte quer combater iliteracia financeira da população
Notícias ao Minuto

17:48 - 12/07/18 por Lusa

Economia Formação

Hoje, em Chaves, distrito de Vila Real, terminou uma ação de formação de três dias dirigida a colaboradores dos seis municípios do Alto Tâmega: Boticas, Chaves, Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar.

A iniciativa resulta de um protocolo assinado entre o Conselho Nacional de Supervisores Financeiros (Banco de Portugal, Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões e Comissão do Mercado de Valores Mobiliários), a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) e a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Tâmega.

Lúcia Leitão, presidente da comissão de coordenação do Plano Nacional de Formação Financeira "Todos Contam" e representante do Banco de Portugal, explicou que o objetivo é a formação de quadros das câmaras para que sejam eles, depois, a desenvolver projetos de formação financeira nos seus municípios.

"Esta experiência aqui no Norte é uma experiência piloto porque é a primeira que estamos a fazer junto das autarquias. Estamos a formar os quadros das câmaras para fazerem formação e desenvolverem incitativas que eles entendam mais adequadas junto das suas populações", salientou.

No ano passado, o projeto envolveu a CIM do Tâmega e Sousa, este ano, a do Alto Tâmega e, segundo a responsável, outras comunidades intermunicipais se seguirão nos próximos anos.

Freire de Sousa, presidente da CCDR-N, salientou que o projeto tem como objetivo principal combater a "iliteracia financeira".

"Estamos a começar por zonas de maior interioridade porque achamos que aí há uma focagem maior dos problemas em determinadas populações em risco, inclusive mais envelhecidas", referiu.

O presidente da Câmara de Chaves, Nuno Vaz Ribeiro, disse que, agora, as autarquias pretendem difundir os conhecimentos pelas organizações, empresas e cidadãos.

"Queremos que estejam mais preparados para estas novas formas de transação financeira. O passado mostrou-nos que algumas situações de iliteracia financeira podem resultar em situações indesejáveis ou aproveitamentos dessa boa fé", referiu.

Nuno Vaz Ribeiro referiu que, para já, estão identificados como públicos alvo os alunos do primeiro ciclo, desafiando-os a conhecer o valor do dinheiro e a perceber que é preciso fazer escolhas, e depois os seniores que também precisam de atualizar conhecimentos.

Lúcia Leitão referiu que este projeto que está a ser desenvolvido junto das autarquias é "muito importante" porque permite que o plano nacional, que está a ser implementado desde 2011, adquira uma "capilaridade regional".

O plano "Todos Contam" tem desenvolvido diversas iniciativas nas escolas, junto de empresários e até de jogadores de futebol.

"A formação financeira envolve atitudes, comportamentos e conhecimentos sobre as características dos produtos financeiros e os riscos que também têm. Temos de fazer um trabalho bastante complexo e que tem que ser adequado ao público alvo", referiu.

Um inquérito realizado em 2015 permitiu perceber que existem muitas dificuldades a nível de conhecimentos financeiros, por exemplo, muitas pessoas a fazerem contratos de crédito à habitação sem saberem o que é a Euribor e o que é o spred.

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