PSD exige explicações a um Governo que se "esqueceu dos portugueses"
O vice-presidente da bancada do PSD defendeu hoje que o Estado da Nação é de desânimo, perante um Governo que se "esqueceu dos portugueses", ao desinvestir na saúde e dar pouca atenção à recuperação das áreas ardidas.
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Política Estado da Nação
"O Estado da Nação é de uma nação pessimista, de pessoas desanimadas, pessoas que vêm que o Governo está longe e não lhes presta atenção, só está perto na questão dos impostos", resumiu Adão Silva, em declarações à Lusa.
O primeiro 'vice' da bancada social-democrata espera que o primeiro-ministro, António Costa, explique no debate do estado da nação, na sexta-feira, "porque é que no último ano se esqueceu dos portugueses".
"Esqueceu-se quando não os salvaguardou de incêndios ferozes, que destruíram o país e destruíram vidas, empresas, fábricas. Apesar de tudo, muito pouco foi feito para reconstruir esse país abandonado, longínquo, essas pessoas ficaram abandonadas e mereciam uma particular atenção do Estado", defendeu Adão Silva.
O PSD quer ainda explicações sobre o que qualifica de abandono dos portugueses no Serviço Nacional de Saúde: "As consultas nos centros de saúde e nos hospitais estão a atrasar-se, as cirurgias estão a atrasar-se, os recursos humanos são escassos".
"Com a situação gerada pela passagem às 35 horas, o país não estava preparado, e estão a fechar vários serviços. Na Maternidade Alfredo da Costa, a principal maternidade do país, vão encerrar blocos, camas, salas. Entre 2015 e 2017 houve um investimento de menos 50 milhões de euros na saúde", declarou.
Adão Silva apontou ainda que o executivo de António Costa esqueceu-se dos seus próprios compromissos: com os professores, com a integração na administração pública dos precários, com a baixa do imposto sobre os produtos petrolíferos em caso de subida do preço do petróleo.
O PSD vai confrontar o Governo com a única matéria que considera não ter havido esquecimentos: os impostos: "Os portugueses têm hoje uma carga fiscal como nunca tiveram, recorde absoluto, o que destrói a nossa economia, retira-lhe competitividade".
"Nós precisamos de uma economia competitiva, dinâmica, para podermos continuar a ter emprego, combater o desemprego, e termos mais riqueza para contribuir", concluiu.
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