Alcochete: Ministério Público pede prisão preventiva para nove arguidos
Os nove arguidos no caso das agressões a jogadores do Sporting, na Academia de Alcochete, estiveram a ser ouvidos entre hoje e ontem no Tribunal do Barreiro.
© Carlos Santos/Global Imagens
País Agressão
A informação está a ser avançada pela SIC Notícias, horas depois de ter terminado o interrogatório no Tribunal do Barreiro. Nas alegações finais que se seguiram, o Ministério Público pediu a medida de coação mais gravosa - a prisão preventiva - para os nove arguidos.
Ao início da tarde desta quarta-feira, o juiz de instrução criminal do Tribunal do Barreiro deu por concluído o interrogatório aos oito detidos suspeitos de envolvimento nos incidentes de 15 de maio na Academia do Sporting, em Alcochete, mas apenas um prestou declarações.
Este nove arguidos juntam-se aos 27 detidos logo após os incidentes na Academia e que também ficaram em prisão preventiva. De referir que destes 'novos' arguidos, um não marcou presença em tribunal por motivos de saúde.
Na operação conjunta realizada na segunda-feira pela Guarda Nacional Republicana (GNR) e Polícia de Segurança Pública (PSP), foram ainda identificados e constituídos arguidos mais três pessoas, às quais foi aplicada a medida de coação menos grave, de termo de identidade e residência.
Antes do interrogatório, o juiz Carlos Delca disse aos jornalistas que há mais dois ou três suspeitos de envolvimento nos incidentes que ocorreram em Alcochete e que culminaram com agressões a jogadores e treinadores da equipa de futebol do Sporting, mas que não estão em Portugal e ainda não foram constituídos arguidos.
A operação decorreu de uma investigação dirigida pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa às agressões a jogadores e técnicos da equipa de futebol do Sporting, levadas a cabo por cerca de 40 alegados adeptos encapuzados, em 15 de maio.
Na altura, a GNR deteve 23 dos atacantes, que permanecem em prisão preventiva. Mais tarde, a 5 de junho, foram detidas pelas autoridades mais quatro pessoas, entre elas o antigo líder da Juventude Leonina Fernando Mendes, que também ficaram em prisão preventiva.
Ao todo, com as detenções efetuadas na segunda-feira, estão detidas 36 pessoas relacionadas com este caso.
Os arguidos que já foram indiciados respondem por vários crimes, nomeadamente, sequestro, ofensa à integridade física qualificada, introdução em lugar vedado ao público, dano com violência, terrorismo, resistência e coação sobre funcionário.
[Notícia atualizada às 17h07]
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