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EUA alertam Irão para "elevado custo" das suas ações

O secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo disse hoje que os EUA e aliados do Golfo pretendem mostrar ao Irão que as suas ações terão "um elevado custo", após Teerão ter ameaçado perturbar os fornecimentos de petróleo do Médio Oriente.

EUA alertam Irão para "elevado custo" das suas ações
Notícias ao Minuto

14:51 - 10/07/18 por Lusa

Mundo Mike Pompeo

As declarações de Pompeo surgiram durante uma pequena viagem aos Emirados Árabes Unidos, um fiel aliado dos Estados Unidos e que alberga 5.000 tropas norte-americanas numa estratégica base aérea e onde se situa o mais movimentado porto no estrangeiro frequentado pela marinha dos EUA.

Pompeo emitiu breves declarações à Sky News Arabia, um canal de televisão por satélite propriedade do xeque Mansour bin Zayed Al Nahyan, vice-primeiro-ministro e membro da família no poder, que sempre demonstrou muitas reservas face ao acordo nuclear com o Irão, denunciado pelo Presidente dos EUA Donald Trump.

"Hoje estamos concentrados (...) em negar ao Irão a sua capacidade financeira para prosseguir com o seu mau comportamento", disse Pompeo. "Foram aplicadas uma série de sanções que não são dirigidas ao povo iraniano, antes tem por objetivo convencer o regime iraniano que o seu comportamento maligno é inaceitável e terá de facto um elevado custo para eles".

Pompeo também se referiu às recentes ameaças do Presidente iraniano Hassan Rohani sobre o estreito de Ormuz, por onde circula um terço do petróleo comercializado pelo mar. Na semana passada, durante a sua deslocação à Europa, Rohani disse que qualquer perturbação na exportação de petróleo iraniano afetaria o conjunto das exportações de petróleo em toda a região.

O Irão "deve saber que a América está comprometida em manter as linhas marítimas abertas, manter o tráfego de petróleo disponível para todo o mundo", assinalou Pompeo. "É esse o compromisso que temos há décadas e vamos prosseguir com esse compromisso".

O ministro do Petróleo do Irão, Biyan Zangané, assegurou no domingo que "não houve alterações significativas" na produção e exportação de petróleo no país, apesar das ameaças dos EUA de travar as vendas do crude iraniano.

O responsável, citado pela televisão estatal, explicou que o Irão já tinha desenhado um plano para contrariar as ameaças de Trump, e que está a funcionar "com êxito".

"Há uma guerra comercial, [...] nós manteremos os nossos planos", sublinhou o ministro na ocasião, referindo que o país exportou no mês passado 2,8 milhões de barris de crude e gás condensado por dia.

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